Antônio Carlos Camilo Antunes, preso pela Polícia Federal na investigação sobre desvios de recursos da Previdência Social, afirmou em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que é um “empreendedor nato” e negou qualquer relação com a alcunha “careca do INSS”, classificando-a como personagem fictício.
O empresário, que cumpre prisão preventiva desde o dia doze de setembro, disse que sua trajetória de quarenta e sete anos sempre se deu no setor privado de prestação de serviços, sem vínculos com o poder público.
Durante a sessão, Antunes recusou-se a responder perguntas do relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar, mantendo-se em silêncio durante todos os questionamentos. O empresário justificou sua postura afirmando que o parlamentar já o teria condenado previamente sem ouvi-lo.
A negativa em colaborar com as investigações gerou tensão na comissão, exigindo intervenção do vice-presidente para uma suspensão temporária dos trabalhos. A Polícia Federal aponta o empresário como facilitador do esquema que desviou recursos de aposentados e pensionistas através de empresas que atuavam como intermediárias financeiras de associações investigadas.
Apesar das negações do depoente, os integrantes da CPI continuaram a referir-se a ele pela alcunha de “careca do INSS” durante toda a oitiva. Antônio Carlos Camilo Antunes reiterou que toda sua prosperidade financeira resulta exclusivamente de trabalho honesto, negando possuir patrimônio originado de práticas ilícitas ou manter bens ocultos no país ou exterior.
O depoimento era altamente aguardado pelos parlamentares por ser considerado fundamental para o deslinde das investigações sobre as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social.
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