Em uma entrevista recente ao Flow Podcast, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um desafio direto ao PL de Bolsonaro, afirmando que as reformas da previdência dos militares e a limitação dos supersalários poderiam ser aprovadas em apenas duas semanas caso o partido se unisse ao governo para apoiar as propostas.
Haddad declarou que, se o PL e o PT chegassem a um consenso sobre os dois projetos de lei — que tratam da limitação das aposentadorias militares e do teto para salários de altos funcionários públicos — a tramitação no Congresso seria rápida. “Se o PL de Bolsonaro desse uma declaração a favor desses dois projetos, ele passava em duas semanas”, afirmou o ministro, destacando a rapidez com que as reformas poderiam ser implementadas com o apoio do partido.
O desafio foi uma tentativa de pressionar os líderes do PL a se posicionarem favoravelmente às mudanças que, segundo Haddad, são fundamentais para equilibrar as contas públicas do país. “Vamos ver se o PL vai apoiar essas reformas. Se houver um acordo, a aprovação é praticamente garantida”, declarou o ministro.
Haddad também explicou que o governo Lula enviou ao Congresso o projeto de reforma da previdência dos militares, uma medida que, segundo ele, já deveria ter sido incluída na reforma da previdência de Bolsonaro, mas que agora está sendo abordada diretamente. O ministro concluiu com uma provocação: “Vamos ver se o PL se comprometerá com a aprovação, ou se ficará fazendo oposição barata”, referindo-se ao posicionamento que tem dificultado a aprovação das reformas.