A direção da Câmara dos Deputados encaminhou ao Conselho de Ética pedidos de suspensão dos mandatos de três parlamentares envolvidos no motim que paralisou os trabalhos da Casa em agosto.
A decisão foi tomada com base no parecer do corregedor Diego Coronel, que identificou condutas graves nos deputados Marcos Pollon, Marcel Van Hattem e Zé Trovão. A medida foi assinada por todos os membros da Mesa Diretora, com exceção dos dois vice-presidentes.
O deputado Marcos Pollon pode ter seu mandato suspenso por noventa dias devido a declarações consideradas difamatórias contra a cúpula da Câmara, além de mais trinta dias por obstruir o acesso do presidente Hugo Motta à cadeira de presidência. Marcel Van Hattem e Zé Trovão também enfrentam pedidos de suspensão de trinta dias cada pelo mesmo motivo de obstrução.
O corregedor analisou representações contra catorze deputados de partidos como PL, PP e Novo, recomendando a aplicação de censura escrita para todos os investigados.
O episódio que motivou as punições ocorreu quando deputados de oposição ocuparam o plenário por mais de trinta horas em protesto contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e para pressionar pela análise de determinadas propostas.
Durante o motim, Hugo Motta foi impedido fisicamente de assumir a presidência do plenário, em um evento que fragilizou sua autoridade perante a Casa. Caberá agora ao Conselho de Ética analisar os pedidos e decidir sobre a aplicação das sanções.
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