O empresário Rubens Oliveira Costa foi preso em flagrante pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS durante seu depoimento como testemunha na tarde desta segunda-feira.
A ordem de prisão partiu do presidente da comissão, senador Carlos Viana, pelo crime de falso testemunho. Rubens é ex-diretor de empresas ligadas a Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, figura central no esquema de desvios de recursos da autarquia investigado pela Polícia Federal.
O relator da CPMI, senador Alfredo Gaspar, solicitou também a prisão preventiva do empresário por risco de fuga e prática continuada de crimes. Durante a sessão, os parlamentares identificaram diversas contradições nas declarações de Rubens Oliveira Costa.
O empresário inicialmente se negou a assinar o termo de compromisso de dizer a verdade, mas posteriormente aceitou após intervenção do presidente da comissão. Em seu depoimento, ele afirmou que nunca foi sócio de empresas com Antônio Camilo, tendo sido apenas contratado em junho de 2022, e negou participação consciente em qualquer pagamento de propina.
O vice-presidente da CPMI, deputado Duarte Jr., apresentou uma série de inconsistências no testemunho, destacando que Rubens inicialmente negou qualquer relação com a empresa ACCA, mas minutos depois admitiu ter apresentado essa e outras empresas sob sua gestão.
O parlamentar também contestou a afirmação do depoente sobre não movimentar recursos, apresentando evidências de que ele atuou como diretor financeiro com procuração para operar contas que movimentaram milhões de reais. Rubens Oliveira Costa foi liberado na madrugada desta terça-feira após pagar fiança estabelecida pela Polícia Legislativa do Congresso e responderá ao processo na Justiça Federal.
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