A Cultura de São Gonçalo do Amarante vem sofrendo um desmonte institucional há 2 anos, tempo que coincide com a chegada de Eraldo Paiva (PT) ao Executivo, que assumiu a municipalidade depois da morte de Paulinho Emídio, em maio de 2022.
4º mais populoso do estado, e o 3º da região metropolitana de Natal, os artistas de São Gonçalo vem convivendo com o abandono de políticas públicas que fomentam seus trabalhos. O Fundo Municipal de Cultura foi extinto há 2 anos, o Conselho Municipal de Cultural foi extinguido assim que Paiva chegou ao comandado municipal, retornando em pleno ano eleitoral, depois da pressão dos fazedores de cultura, mas sem poder de decisão, já que o Fundo de Cultura foi abolido.
O agravante é que os artistas críticos à gestão petista têm seus trabalhos silenciados, a ordem é que os meios de comunicação oficial e os que recebem recursos de publicidade não veiculem nada sobre sobre artistas que a gestão classifica como “de oposição”. O Potengi falou com fazedores de cultura de São Gonçalo que relataram que chegaram a ouvir áudios em grupos em que foi ordenado que artistas “de oposição” não tivessem espaços nos meios de comunicação vinculados a Prefeitura.
Fazedores de cultura premiados com honrarias estaduais foram boicotados pela equipe do prefeito Eraldo, para que seus prêmios fossem silenciados, “para não dar poder a gente da oposição”, expressão usada por aliados do alcaide em um dos áudios que o Portal teve acesso.
Os artistas consultados pelo O Potengi afirmaram que não lembram desse tipo de comportamento institucional por parte do Executivo. Em governos passados, mesmo artistas críticos à gestão tinham espaços e reconhecimento do Poder Público, com notas da Prefeitura enfatizando os prêmios e o destaque obtido por um artista da terra.