Caso Antonella: a falha dos planos de saúde e a rede privada



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Imagem Foto: Cedida

Aos 2 anos de idade, Antonella já sente na pele a precariedade do sistema de saúde de seu país. Sua família, mesmo pagando por um plano de saúde, não tem recebido a assistência necessária para o tratamento da pequena, especialmente para uma cirurgia de gastrostomia. As tentativas de realizar a cirurgia foram marcadas por complicações.

A primeira tentativa foi no dia 27 de dezembro de 2023, internada no Hospital Antônio Prudente, a jovem foi colocada como a última na fila de cirurgias, ficando em jejum das 22h às 14h, com Antonela já sedada e prestes a passar pelo procedimento, o acesso venoso necessário para o procedimento não foi encontrado, pois a garotinha acabou ficando desidratada.

A segunda tentativa também foi frustrada. Diagnosticaram Antonella erroneamente como gripada, como nos contou Rafaela, mãe de Antonella “só ouviram ela tossir, por causa do ronco de transmissão que ela tem e adiaram mais uma vez”. 

Sem previsão de quando a cirurgia seria realizada, Rafaela decidiu voltar para casa e aguardar algum retorno, tentando contato diário para ter novidades sobre o caso de sua filha.

Os problemas de saúde de Antonella continuaram a se agravar. Em abril, devido a um quadro de bronquiolite, ela precisou ser hospitalizada novamente, além dos problemas renais que ela vinha enfrentando como consequência de desidratação, na urina de Antonella saia “cristais”, além do ph alto e dores ao urinar.

Mesmo asseguradas pelo plano de saúde, as condições de atendimento não amenizaram a dor das duas, Rafaela implorou para que fosse realizado um exame em Antonella, a resposta que recebeu é de que o hospital não teria como realizar os exames.

“O hospital disse que não podia fazer nada, que não tinham estrutura e nem condições pra descobrir o que ela tinha” e continua “teve um dia que ela começou a sentir dor de 3h30 da manhã até 19h, os batimentos chegaram a 53 e queriam dar morfina, mas a gente sabe que a morfina relaxa e ia diminuir os batimentos, eu não queria perder a minha filha, não aceitei a medicação”, lamenta Rafaela.

Após quase um mês no Hospital Rio Grande, elas voltaram para o Antônio Prudente, onde foram realizados novos exames, mas a demora continuou a mesma, fazendo com que Antonella e Rafaela voltassem para casa. A incerteza sobre a cirurgia necessária aumenta o sofrimento da família e destaca as deficiências do sistema de saúde.

No último domingo (12), Antonella deu entrada novamente no Hospital Rio Grande com diarreia, onde está internada até o momento. A ida de um hospital a outro, na incessante busca por solução, desde dezembro de 2023, só consegue gerar um acúmulo de problemas indesejáveis, mesmo pagando o plano mensalmente e indo em busca do que lhe é de direito, os problemas de saúde da Antonella só aumentam.

Até a publicação dessa matéria, Antonela ainda não havia realizado a cirurgia e não há previsão de quando poderá ser operada.








O Potengi

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Caso Antonella: a falha dos planos de saúde e a rede privada



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Aos 2 anos de idade, Antonella já sente na pele a precariedade do sistema de saúde de seu país. Sua família, mesmo pagando por um plano de saúde, não tem recebido a assistência necessária para o tratamento da pequena, especialmente para uma cirurgia de gastrostomia. As tentativas de realizar a cirurgia foram marcadas por complicações.

A primeira tentativa foi no dia 27 de dezembro de 2023, internada no Hospital Antônio Prudente, a jovem foi colocada como a última na fila de cirurgias, ficando em jejum das 22h às 14h, com Antonela já sedada e prestes a passar pelo procedimento, o acesso venoso necessário para o procedimento não foi encontrado, pois a garotinha acabou ficando desidratada.

A segunda tentativa também foi frustrada. Diagnosticaram Antonella erroneamente como gripada, como nos contou Rafaela, mãe de Antonella “só ouviram ela tossir, por causa do ronco de transmissão que ela tem e adiaram mais uma vez”. 

Sem previsão de quando a cirurgia seria realizada, Rafaela decidiu voltar para casa e aguardar algum retorno, tentando contato diário para ter novidades sobre o caso de sua filha.

Os problemas de saúde de Antonella continuaram a se agravar. Em abril, devido a um quadro de bronquiolite, ela precisou ser hospitalizada novamente, além dos problemas renais que ela vinha enfrentando como consequência de desidratação, na urina de Antonella saia “cristais”, além do ph alto e dores ao urinar.

Mesmo asseguradas pelo plano de saúde, as condições de atendimento não amenizaram a dor das duas, Rafaela implorou para que fosse realizado um exame em Antonella, a resposta que recebeu é de que o hospital não teria como realizar os exames.

“O hospital disse que não podia fazer nada, que não tinham estrutura e nem condições pra descobrir o que ela tinha” e continua “teve um dia que ela começou a sentir dor de 3h30 da manhã até 19h, os batimentos chegaram a 53 e queriam dar morfina, mas a gente sabe que a morfina relaxa e ia diminuir os batimentos, eu não queria perder a minha filha, não aceitei a medicação”, lamenta Rafaela.

Após quase um mês no Hospital Rio Grande, elas voltaram para o Antônio Prudente, onde foram realizados novos exames, mas a demora continuou a mesma, fazendo com que Antonella e Rafaela voltassem para casa. A incerteza sobre a cirurgia necessária aumenta o sofrimento da família e destaca as deficiências do sistema de saúde.

No último domingo (12), Antonella deu entrada novamente no Hospital Rio Grande com diarreia, onde está internada até o momento. A ida de um hospital a outro, na incessante busca por solução, desde dezembro de 2023, só consegue gerar um acúmulo de problemas indesejáveis, mesmo pagando o plano mensalmente e indo em busca do que lhe é de direito, os problemas de saúde da Antonella só aumentam.

Até a publicação dessa matéria, Antonela ainda não havia realizado a cirurgia e não há previsão de quando poderá ser operada.


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