Carla Zambelli deixa o Brasil após ser condenada pelo STF

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Ícone de crédito Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (3) que está fora do Brasil desde antes do fim de maio. Em entrevista à Rádio Auri Verde, a parlamentar afirmou que viajou inicialmente para dar continuidade a um tratamento médico e que pretende se afastar do cargo e se estabelecer na Europa, onde possui cidadania.

“Queria anunciar que estou fora do Brasil já faz alguns dias. Eu vim a princípio buscando tratamento médico que já fazia aqui e agora vou pedir afastamento do cargo”, declarou Zambelli.

O anúncio ocorre poucos dias após a deputada ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão em regime fechado, pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro de 2023. A decisão da Primeira Turma da Corte também determinou a perda do mandato parlamentar, a inelegibilidade por oito anos e o pagamento de uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos. No entanto, a perda do mandato só será efetivada após o trânsito em julgado da sentença e a deliberação da Câmara dos Deputados.

Zambelli alegou perseguição política e afirmou que sua saída do país não representa desistência, mas resistência. “Gostaria de deixar bem claro que não é um abandono do país. Não é desistir do país. Muito pelo contrário: é resistir. É voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs”, disse. Segundo ela, o objetivo agora é “denunciar a ditadura brasileira” em instituições e cortes europeias.

Condenação por invasão ao CNJ

A condenação de Zambelli está relacionada a um ataque hacker ao sistema do CNJ. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), ela foi a autora intelectual da ação, que resultou na emissão de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes. A execução do crime foi atribuída ao hacker Walter Delgatti Neto, que confessou ter agido a mando da parlamentar.

Delgatti afirmou à Polícia Federal que recebeu um texto escrito por Zambelli para ser inserido no sistema e pagamentos de pelo menos R$ 13,5 mil. A PF apurou que ele usou credenciais falsas para acessar os dados do Judiciário Federal.

Apesar da condenação, a defesa da deputada recorreu da decisão, alegando cerceamento de defesa por não ter acesso integral a cerca de 700 GB de provas hospedadas na plataforma “mega.io”. Os advogados pedem a anulação da sentença e a reversão das punições.

Além da condenação por invasão ao CNJ, Zambelli responde a outro inquérito no STF por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal — caso ocorrido durante o segundo turno das eleições de 2022, quando ela sacou uma arma nas ruas de São Paulo. O julgamento foi suspenso após um pedido de vista do ministro Nunes Marques.

Apesar da gravidade das acusações, não há proibição legal para a viagem de Zambelli ao exterior, já que seu passaporte não foi retido e ela ainda aguarda o julgamento de recursos. O afastamento do mandato também depende da formalização do pedido junto à Câmara dos Deputados.

*Com informações do Metrópoles



Carla Zambelli deixa o Brasil após ser condenada pelo STF

Ícone de crédito Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (3) que está fora do Brasil desde antes do fim de maio. Em entrevista à Rádio Auri Verde, a parlamentar afirmou que viajou inicialmente para dar continuidade a um tratamento médico e que pretende se afastar do cargo e se estabelecer na Europa, onde possui cidadania.

“Queria anunciar que estou fora do Brasil já faz alguns dias. Eu vim a princípio buscando tratamento médico que já fazia aqui e agora vou pedir afastamento do cargo”, declarou Zambelli.

O anúncio ocorre poucos dias após a deputada ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão em regime fechado, pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro de 2023. A decisão da Primeira Turma da Corte também determinou a perda do mandato parlamentar, a inelegibilidade por oito anos e o pagamento de uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos. No entanto, a perda do mandato só será efetivada após o trânsito em julgado da sentença e a deliberação da Câmara dos Deputados.

Zambelli alegou perseguição política e afirmou que sua saída do país não representa desistência, mas resistência. “Gostaria de deixar bem claro que não é um abandono do país. Não é desistir do país. Muito pelo contrário: é resistir. É voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs”, disse. Segundo ela, o objetivo agora é “denunciar a ditadura brasileira” em instituições e cortes europeias.

Condenação por invasão ao CNJ

A condenação de Zambelli está relacionada a um ataque hacker ao sistema do CNJ. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), ela foi a autora intelectual da ação, que resultou na emissão de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes. A execução do crime foi atribuída ao hacker Walter Delgatti Neto, que confessou ter agido a mando da parlamentar.

Delgatti afirmou à Polícia Federal que recebeu um texto escrito por Zambelli para ser inserido no sistema e pagamentos de pelo menos R$ 13,5 mil. A PF apurou que ele usou credenciais falsas para acessar os dados do Judiciário Federal.

Apesar da condenação, a defesa da deputada recorreu da decisão, alegando cerceamento de defesa por não ter acesso integral a cerca de 700 GB de provas hospedadas na plataforma “mega.io”. Os advogados pedem a anulação da sentença e a reversão das punições.

Além da condenação por invasão ao CNJ, Zambelli responde a outro inquérito no STF por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal — caso ocorrido durante o segundo turno das eleições de 2022, quando ela sacou uma arma nas ruas de São Paulo. O julgamento foi suspenso após um pedido de vista do ministro Nunes Marques.

Apesar da gravidade das acusações, não há proibição legal para a viagem de Zambelli ao exterior, já que seu passaporte não foi retido e ela ainda aguarda o julgamento de recursos. O afastamento do mandato também depende da formalização do pedido junto à Câmara dos Deputados.

*Com informações do Metrópoles

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