Na última segunda-feira (8), uma caravana foi até o Idema protestar a favor da liberação da licença para a construção da engorda da Praia de Ponta Negra. Além do ato, o prefeito Álvaro Dias, o deputado Paulinho Freire e uma comissão de vereadores foram até o local para conversar com o órgão em busca de soluções.
Na ocasião, assim como toda manifestação, houve alterações de ânimos e algumas coisas saíram um pouco do controle. O membro do Elo Nacional do Partido REDE da Sustentabilidade Wesley de Lima Caetano, mais conhecido como Geleia, foi um dos nomes envolvidos casualmente separando um principio de desentendimento.
Geleia tem um vasto currículo de mobilizações sociais e grande experiência nas lutas populares, sendo uma das maiores referências de lutas como o #ForaMicarla, hoje o mesmo nos encaminhou uma nota onde relatou ainda que além de se preocupar com acusação de depredar patrimônio público – arrombar o portão do Idema – e sobre estar no meio de uma agressão em acusações futuras já que aqueles que além de o orientar muitas vezes e lutar ao seu lado em atos inclusive de maiores tensões e revolta hoje espalham sua imagem em grupos de WhatsApp colocando-o em evidencia de forma negativa, apresentam uma narrativa com uma posição de criminalização do modelo de luta dos movimentos sociais e populares diz Wesley, assim deixando um questionamento, que segundo ele “o que vem a ser verdadeiro? pois as bandeiras e narrativas são de conveniência por quem já lutou nas ruas com consciência”.
Em nota, Wesley Caetano comenta sobre um vídeo que está circulando nas redes sociais, onde segundo ele, estava separando um conflito e reitera “acredito firmemente que violência não deve ser respondida com violência, e minha natureza não permite omissão ou covardia.”
Em relação a comparações feita entre o ato no Idema e aos protestos ocorridos em Brasília, no dia 8 de janeiro, ele afirma:
“O pequeno dano a um portão, por mais inaceitável que seja, e um desentendimento, que são comuns em aglomerações de pessoas com opiniões divergentes, não justificam medidas extremas de cunho criminalizador. É absurdo e chega a ser cômico comparar os eventos de hoje com os ocorridos em Brasília em 8 de janeiro; isso é de uma pequenez que busca generalizar e acusar injustamente aqueles que estavam presentes hoje.”
Confira a nota completa
Me sinto na obrigação de esclarecer aqui os fatos, devido às proporções que as propagandas e narrativas midiáticas tomaram em relação aos acontecimentos durante o ato público em apoio à licença ambiental para a engorda da Praia de Ponta Negra, como forma de mitigar a erosão do Morro do Careca e diminuir a faixa de areia, trazendo diversos benefícios à população de Natal. Município ao qual pertenço de corpo, alma e coração, onde já protagonizei grandes lutas em favor da coletividade, da dignidade humana e da educação. A participação em atos públicos de grande escala, como durante o período de Micarla, tem sido constante.
Hoje, mais uma vez, me engajei na luta buscando apoiar as melhorias necessárias para Natal e para nossa população. Não participei de qualquer forma de depredação ao patrimônio público ou privado, pois não concordo com tal forma de intervenção ou ação direta. Acredito firmemente que o poder popular e a força da coletividade superam qualquer obstáculo.
Logo após a entrada dos manifestantes na sede do IDEMA, ocorreu um incidente próximo a mim, que exigiu intervenção para garantir a segurança física dos envolvidos e preservar a integridade do ato, que era nobre e raro.
Refiro-me a raro devido a uma inversão parcial do princípio usual de mobilização em atos públicos, que geralmente emergem da sociedade civil organizada e suas entidades. No entanto, o ato de hoje contou com uma forte mobilização do Executivo e Legislativo municipal, destacando a importância da seriedade da pauta apresentada.
Gostaria de esclarecer um incidente que foi capturado em vídeos circulando nas redes sociais, onde apareço separando uma situação de conflito, buscando garantir a segurança dos envolvidos, como citado anteriormente. Acredito firmemente que violência não deve ser respondida com violência, e minha natureza não permite omissão ou covardia. Construí a melhor solução possível naquele momento, onde ocorreram dois momentos distintos de ação e reação: a ação do jovem funcionário e a reação do manifestante, que desencadeou meu envolvimento e me levou a garantir a acessibilidade do vereador Tercio Tinoco e sua integridade, isolando com meu corpo o empurra-empurra que estava instaurado com o desentendimento que persistiu até a separação visual dos envolvidos.
Além disso, aproveito para expressar minha opinião, que considero relevante dada minha posição e história. O pequeno dano a um portão, por mais inaceitável que seja, e um desentendimento, que são comuns em aglomerações de pessoas com opiniões divergentes, não justificam medidas extremas de cunho criminalizador. É absurdo e chega a ser cômico comparar os eventos de hoje com os ocorridos em Brasília em 8 de janeiro; isso é de uma pequenez que busca generalizar e acusar injustamente aqueles que estavam presentes hoje.
É revoltante ver como alguns estão cegos para a realidade, sedentos pelos frutos eleitoreiros, que esquecem a defesa da não criminalização dos movimentos sociais, pauta tão aquecida anteriormente pela moçada. Gostaria de afirmar, por fim, que independentemente de serem comissionados ou não, todos são cidadãos.
Wesley de Lima Caetano (Geleia)