A deputada federal Natalia Bonavides (PT) se manifestou nas redes sociais em resposta à polêmica declaração da vereadora Camila Araújo (União Brasil) sobre o aborto em casos de estupro de vulnerável. Durante uma sessão da Câmara Municipal de Natal, realizada na quinta-feira (8), a vereadora se posicionou contra o Projeto de Lei nº 1904/2024, que regulamenta o aborto em casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, defendendo a vida desde a concepção e considerando o aborto um crime.
Em sua postagem, Natalia Bonavides reafirmou seu compromisso com a defesa dos direitos das crianças e adolescentes, destacando que “criança não é mãe, estuprador não é pai”. A deputada ainda lembrou que, em junho do ano passado, diversas pessoas foram às ruas para dizer o óbvio: uma criança, vítima de abuso sexual, não deve ser forçada a manter uma gravidez resultante desse crime. Para Natalia, naturalizar uma situação como essa é inaceitável e deve ser combatido com todas as forças.
A deputada também ressaltou dados alarmantes sobre a violência contra crianças e adolescentes. De acordo com o relatório Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, 67% das meninas vítimas de violência sexual são agredidas dentro de casa, com 85,1% dos agressores sendo conhecidos das vítimas. Natalia lembrou que esses números demonstram a urgência de ações para proteger as crianças e garantir que casos como esse sejam devidamente enfrentados.
Em sua publicação, a deputada enfatizou o impacto psicológico e físico devastador de uma gravidez precoce, especialmente para as vítimas de abuso sexual. Ela também alertou para a importância de profissionais de proteção, como os membros do Conselho Tutelar, estarem atentos aos sinais de abuso e prontos para agir em defesa das vítimas.
“Criança não é mãe. É hora de proteger, não de punir.” – disse Natalia, reforçando que a sociedade deve se unir para garantir que as vítimas de abuso sexual recebam o cuidado e a proteção que merecem.
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