Anuário aponta falta de laboratórios e quadras de esportes nas escolas do RN



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A falta de laboratórios, quadras de esportes e bibliotecas são algumas das carências nas escolas do Rio Grande do Norte reveladas pelo Anuário Brasileiro da Educação Básica 2024, divulgado nesta quarta-feira (13). O relatório apresenta um panorama das escolas potiguares, incluindo unidades estaduais, municipais e federais, destacando as limitações de infraestrutura e formação docente.

Conforme o levantamento, 80,2% das 2.694 escolas no RN não possuem quadras de esportes, 43,5% não contam com bibliotecas ou salas de leitura, 92,2% carecem de laboratórios de ciências e 71,1% não têm laboratórios de informática. Além disso, 6,5% dessas escolas ainda não possuem acesso à internet. O estudo, que utiliza dados do IBGE e do Ministério da Educação, também aponta que o RN obteve a pior nota do Brasil no ensino médio público da rede estadual pelo segundo ano consecutivo, com um índice de 3,2, abaixo da média nacional.

A especialista em educação e doutora em práticas pedagógicas, Cláudia Santa Rosa, avaliou o impacto negativo dessas deficiências. “A ausência de laboratórios de ciências e bibliotecas impede o desenvolvimento de uma educação de qualidade. Para uma geração digital, oferecemos escolas majoritariamente analógicas,” comentou Santa Rosa. Ela ressaltou que menos de 20% das escolas contam com quadras de esportes e que a falta de infraestrutura “afeta o interesse dos alunos em permanecerem engajados com os estudos”.

Além das carências estruturais, o Anuário revelou uma situação preocupante em relação à formação dos professores. No RN, apenas 68% dos docentes da rede pública possuem a qualificação adequada para a disciplina que lecionam na educação infantil e no ensino médio. Nos anos iniciais do ensino fundamental, esse percentual sobe para 79%, mas cai para 59% nos anos finais (6º ao 9º ano). Nacionalmente, o Anuário aponta que 12,8% dos docentes não têm sequer graduação.

Para Cláudia Santa Rosa, a situação demonstra a necessidade de investimentos urgentes em educação. “Uma escola com boa infraestrutura só cumpre seu papel quando conta com um corpo docente devidamente preparado. A falta de professores licenciados e de recursos adequados resulta diretamente na qualidade baixa do ensino,” afirmou a especialista, apontando que “cada ente federativo precisa assumir suas responsabilidades para enfrentar o atraso”.




O Potengi

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Anuário aponta falta de laboratórios e quadras de esportes nas escolas do RN







A falta de laboratórios, quadras de esportes e bibliotecas são algumas das carências nas escolas do Rio Grande do Norte reveladas pelo Anuário Brasileiro da Educação Básica 2024, divulgado nesta quarta-feira (13). O relatório apresenta um panorama das escolas potiguares, incluindo unidades estaduais, municipais e federais, destacando as limitações de infraestrutura e formação docente.

Conforme o levantamento, 80,2% das 2.694 escolas no RN não possuem quadras de esportes, 43,5% não contam com bibliotecas ou salas de leitura, 92,2% carecem de laboratórios de ciências e 71,1% não têm laboratórios de informática. Além disso, 6,5% dessas escolas ainda não possuem acesso à internet. O estudo, que utiliza dados do IBGE e do Ministério da Educação, também aponta que o RN obteve a pior nota do Brasil no ensino médio público da rede estadual pelo segundo ano consecutivo, com um índice de 3,2, abaixo da média nacional.

A especialista em educação e doutora em práticas pedagógicas, Cláudia Santa Rosa, avaliou o impacto negativo dessas deficiências. “A ausência de laboratórios de ciências e bibliotecas impede o desenvolvimento de uma educação de qualidade. Para uma geração digital, oferecemos escolas majoritariamente analógicas,” comentou Santa Rosa. Ela ressaltou que menos de 20% das escolas contam com quadras de esportes e que a falta de infraestrutura “afeta o interesse dos alunos em permanecerem engajados com os estudos”.

Além das carências estruturais, o Anuário revelou uma situação preocupante em relação à formação dos professores. No RN, apenas 68% dos docentes da rede pública possuem a qualificação adequada para a disciplina que lecionam na educação infantil e no ensino médio. Nos anos iniciais do ensino fundamental, esse percentual sobe para 79%, mas cai para 59% nos anos finais (6º ao 9º ano). Nacionalmente, o Anuário aponta que 12,8% dos docentes não têm sequer graduação.

Para Cláudia Santa Rosa, a situação demonstra a necessidade de investimentos urgentes em educação. “Uma escola com boa infraestrutura só cumpre seu papel quando conta com um corpo docente devidamente preparado. A falta de professores licenciados e de recursos adequados resulta diretamente na qualidade baixa do ensino,” afirmou a especialista, apontando que “cada ente federativo precisa assumir suas responsabilidades para enfrentar o atraso”.


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