A CBF organiza regularmente, por meio da CBF Academy, licenças e cursos de especialização voltados aos profissionais do futebol, que visam ao aperfeiçoamento dentro e fora dos gramados.
O curso de formação de treinadores oferece diferentes níveis, denominados de Licenças C, B, A e PRO. Elas são progressivas e equivalentes, ou seja, para adquirir a Licença B, é necessário realizar a licença anterior, que neste caso seria a Licença C, e assim por diante.
A trilha de Licenças tem início na Licença C, onde os profissionais são capacitados para atuar enquanto professores ou treinadores em escolas de futebol. O segundo nível é a Licença B, destinada à formação de técnicos de categorias de base.
A Licença A qualifica o profissional para atuar enquanto treinador de equipes profissionais. Para atuar na Série A do campeonato brasileiro, o treinador precisa ter a licença A.
A Licença PRO é a última etapa de formação de treinador de alto nível. Ela é destinada a profissionais que atuam ou pretendem atuar na posição de treinador em equipes de Futebol profissional inseridas em um contexto de alto rendimento e internacional.
A Licença PRO permite que o treinador trabalhe fora do Brasil desde que atenda aos requisitos mínimos exigidos pelas confederações locais.
No caso da UEFA (Europa), além da Licença PRO, é necessário ter mais cinco anos de experiência como treinador em competições nacionais.
Embora a licença PRO permita nossos treinadores trabalharem na Europa, não temos nenhum treinador brasileiro trabalhando num grande clube europeu.
Os cursos da CBF, que foram iniciados em 2016, não melhoraram a formação dos treinadores brasileiros. O curso serviu para introduzir uma linguagem nova ao futebol, a qual é de difícil compreensão para boa parte do torcedor tupiniquim.
Diante da mesmice dos nossos treinadores e do sucesso de Jorge Jesus no Flamengo e de Abel Ferreira no Palmeiras, o mercado nacional de treinadores foi invadido por treinadores estrangeiros. O fato de ser estrangeiro não é sinônimo de competência, mas de fato, o mercado da Série A está cada vez mais restrito para os profissionais formados pela CBF.
Outro fator determinante para buscar profissionais no exterior, foi a derrota da seleção brasileira por 7 a 1 para a Alemanha, nas semifinais da Copa do Mundo de 2014. Após aquele vexame, os treinadores brasileiros, principalmente os mais experientes, passaram a ser questionados.
Parabéns ao Osmar. Texto muito bem elaborado e de fácil entendimento.
Realmente a capacitação é de extrema importância para todas as àreas, no futebol não poderia ser diferente. Parabéns pelo texto.