A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte realizou nesta terça-feira (14) uma audiência pública sobre os desafios e oportunidades da cadeia produtiva do petróleo no estado. O debate, proposto pela deputada Isolda Dantas (PT), apresentou a importância do setor petrolífero na economia potiguar.
Com uma trajetória de quase cinco décadas no setor, o Rio Grande do Norte mantém posição de destaque nacional na exploração de petróleo, tendo a Bacia Potiguar como uma das mais importantes fontes de riqueza e desenvolvimento do Nordeste. A atividade gera empregos, impulsiona a arrecadação de tributos e estimula a economia de dezenas de municípios.
De acordo com a deputada Isolda Dantas, a audiência buscou discutir os caminhos para garantir a sustentabilidade e expansão da produção no estado.
“O petróleo faz parte da nossa história e da nossa economia, mas também impõe desafios que precisam ser enfrentados com responsabilidade, sustentabilidade e planejamento para o futuro”, afirmou.
O encontro reuniu autoridades públicas, o SINDIPETRO-RN, representantes do setor energético, pesquisadores e empresários, com o objetivo de traçar diretrizes para fortalecer a indústria petrolífera potiguar e pensar o papel do estado na transição energética e no desenvolvimento sustentável.
O SINDIPETRO-RN vem articulando medidas para reverter esse cenário. Em agosto, o sindicato encaminhou à ANP um pedido de inclusão de 33 novos blocos exploratórios no edital da Oferta Permanente de Concessão (OPC) — todos localizados em municípios como Mossoró, Areia Branca, Assú, Serra do Mel e Guamaré.
A ANP confirmou a inclusão dos blocos, que devem ser disponibilizados até o fim do ano. O coordenador-geral do SINDIPETRO-RN, Marcos Brasil, destacou a importância do avanço:
“Se não houver novos blocos sendo ofertados, corre-se o risco de uma retração econômica grave, porque o setor representa parcela significativa do PIB industrial do RN”, alertou.
A audiência não é foi um evento isolado. Ela representa a culminância de um esforço conjunto, respaldado por dois documentos cruciais: o “Manifesto em Defesa dos Investimentos na Bacia Potiguar” e o “Manifesto em Defesa da Exploração e Produção de Petróleo na Margem Equatorial”, ambos elaborados e divulgados pelo Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do RN.
Enquanto os manifestos traçam o panorama geral e a defesa estratégica, a audiência teve um caráter prático e urgente: viabilizar duas oportunidades concretas que podem injetar bilhões de reais na economia potiguar e gerar entre 10 e 15 mil empregos diretos e indiretos.
“Defender a Bacia Potiguar é investir no presente e no futuro do Brasil. A manutenção e ampliação das atividades na região garantem milhares de empregos e fortalecem a arrecadação de tributos e royalties”, defende Marcos Brasil.







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