O presidente norte-americano Donald Trump proclamou o início de “um novo amanhecer para o Oriente Médio” durante discurso no Parlamento israelense, realizado após a libertação dos últimos vinte reféns israelenses mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza. Em troca, Israel concedeu a liberdade a aproximadamente dois mil prisioneiros palestinos, concretizando o acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos.
Em pronunciamento que recebeu prolongadas ovações, Trump declarou que “este pesadelo longo e doloroso para israelenses e palestinos está terminado”, caracterizando a libertação como um “triunfo incrível para Israel e para o mundo”. O presidente enfatizou que Israel já havia alcançado tudo que era possível pela força militar, defendendo que chegou o momento de transformar as vitórias bélicas em paz e prosperidade sustentável para a região.
Sobre o futuro da Faixa de Gaza, o mandatário americano comprometeu-se a atuar como parceiro na reconstrução do território, afirmando que constituiu uma equipe de governança composta por “pessoas ricas e poderosas que querem e vão fazer o bem”. Trump apelou aos palestinos para que abandonem definitivamente o caminho da violência e concentrem esforços na restauração da estabilidade, segurança e desenvolvimento econômico.
O discurso também incluiu um gesto de abertura ao Irã, com Trump afirmando que “a mão da amizade e da cooperação está sempre estendida” mesmo para o regime teocrático, desde que este esteja disposto a negociar sobre seu programa nuclear. O momento solene foi brevemente interrompido por um parlamentar israelense de esquerda que exigia o reconhecimento do Estado Palestino, sendo rapidamente removido do plenário.
O acordo representa o desfecho de um processo iniciado com os ataques de 7 de outubro de 2023, quando 251 pessoas foram sequestradas pelo Hamas. Além dos vinte reféns libertados nesta segunda-feira, o grupo terrorista ainda deve repatriar os restos mortais de vinte e oito vítimas falecidas em cativeiro.
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