O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, fez declaração em tom jocoso durante coletiva sobre os casos de intoxicação por metanol no estado, afirmando que só se preocuparia “no dia em que começarem a falsificar Coca-Cola”. A fala ocorreu após reunião com representantes da indústria de bebidas no Palácio dos Bandeirantes, onde o governador destacou a disposição do setor em colaborar com as investigações.
Tarcísio reconheceu que as empresas do segmento “sofrem muito” com a crise de confiança gerada pelas adulterações, mas evitou aprofundar-se nas especificidades do problema, limitando-se a afirmar que os principais fabricantes nacionais estavam presentes no encontro. São Paulo concentra 82% dos casos confirmados no país, com 15 confirmações e 164 notificações em investigação relacionadas ao consumo de bebidas adulteradas com metanol.
O governador anunciou que solicitará à Justiça a destruição de materiais apreendidos em operações de fiscalização, incluindo garrafas, rótulos e lacres, tendo sido recolhidas mais de sete mil unidades suspeitas apenas na última semana. Tarcísio e o secretário de Segurança Pública afastaram qualquer envolvimento do Primeiro Comando da Capital ou outras facções criminosas, argumentando que a adulteração de bebidas representaria negócio de baixa lucratividade comparado ao tráfico de drogas.
As autoridades sanitárias reforçam que a identificação do metanol é impossível sem análise laboratorial, recomendando que consumidores adquiram produtos apenas em estabelecimentos confiáveis, verifiquem lacres e selos fiscais e desconfiem de preços excessivamente baixos.
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