O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou oficialmente sua demissão do governo federal durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira. A decisão segue orientação do União Brasil, partido ao qual é filiado, que estabeleceu prazo para que todos os seus membros deixassem cargos no Executivo. Sabino confirmou que entregou carta de demissão cumprindo a determinação da legenda, mas permanecerá no cargo até a próxima quinta-feira para acompanhar o presidente em compromissos oficiais.

O ministro afirmou que manterá diálogo com a liderança partidária para apresentar suas razões, embora acate a resolução aprovada pela cúpula do União Brasil. Na semana passada, o partido emitiu ultimato de vinte e quatro horas para que filiados nomeados no governo deixassem seus postos, sob risco de caracterização de infidelidade partidária. Sabino era o último representante da sigla no alto escalão da administração petista.

Antes da confirmação da saída, haviam sido discutidas alternativas como licença partidária que permitiria ao ministro permanecer no cargo até abril de 2026, prazo final para desincompatibilização eleitoral caso decida concorrer ao Senado pelo Pará. O anúncio ocorre em meio à investigação da Polícia Federal sobre suposta infiltração do Primeiro Comando da Capital em setores financeiros e de combustíveis, caso que envolve o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda.