Quem pergunta o que quer… pergunte mais!



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Olá, queridos! Como vão?

Desde que me conheço por gente eu sou uma pessoa que pergunta muito. “Mas quanto é muito?” Muito. Muito mesmo. Dei bastante trabalho para os adultos ao redor da criança que fui. Tudo eu perguntava, tudo eu queria saber, tudo me deixava curiosa.

Costumo dizer que nunca saí da fase dos “por quês”. Sou do mesmo jeito até hoje. Fui perguntadeira em casa, na escola, nas faculdades, com amigos, com pessoas estranhas. Tenho uma alma inquieta e curiosa e acredito que nunca vou perder isso. Adoro aprender coisas novas, conhecer lugares novos, pessoas novas.

Tudo que eu não conheço me instiga. Mesmo que depois de pouco tempo eu perca o interesse e veja que não é muito a minha praia, que não quero me aprofundar naquilo. Mas, conhecer! Ah, minha curiosidade se refestela com a oportunidade de conhecer e aprender.

Acredito que por isso esse universo do autoconhecimento me atrai tanto. A gente está sempre mudando, a pessoa que somos hoje pode não ser a mesma do ano que vem. Quem sabe até mesmo da semana que vem! O repertório do que temos para conhecer e aprender sobre nós mesmos não tem fim.

Então, as perguntas sobre tudo que me cerca e me instiga curiosidade, e especialmente sobre mim mesma, são constantes e, por que não, insistentes.

Por que estou sentindo isso? Por que essa situação me fez ter essa reação? Desde quando sinto essa dor quando penso nesse assunto? Donde vem esse sorriso espontâneo enorme toda vez que ouço essa música? O que será que devo fazer nessa situação? Como estou realmente me sentindo com essa novidade?

Perguntas. Perguntas. Perguntas. E não cobrem nem 30 segundos de um dia comum. São realmente muitas perguntas que minha cabeça formula, o tempo todo.

Eu sei que é normal se questionar sobre as coisas. Sei também que muitos de vocês também funcionam assim. Uns mais, outros menos perguntadores. E, claro, independente de quão perguntadores sejamos, há algo em comum a todos quando se diz respeito a isso: fazemos perguntas porque queremos as respostas.

(Nossa, jura?) Sim, o óbvio às vezes precisa ser dito.

É da nossa natureza buscar sentido nas coisas. Independentemente da crença de cada um, no que quer que seja, nossa mente se sente mais apaziguada em seus conflitos quando começa a perceber o sentido daquilo tudo. Podemos até não gostar do motivo pelo qual as coisas acontecem, mas não saber do motivo é algo que incomoda muito mais.

Por isso buscamos, questionamos. Refazemos, mentalizamos e recordamos situações das quais queremos respostas. Por vezes, ficamos obcecados. Passamos 80% do tempo pensando sobre o assunto e nos 20% restantes nós torcemos para que alguém mencione o mesmo assunto, só para poder pensar nele mais um pouco.

Acontece que nem sempre encontraremos as respostas que queremos, por mais que fiquemos nesse loop eterno de perguntas insistentes. E como incomoda a frustração quando isso acontece!

A questão é que muitas das vezes não encontraremos respostas e vida que segue. Ou a resposta não existe. Ou não é o momento de saber. Ou até mesmo o que precisamos é aprender com aquela situação independe da resposta.

Outra muitas vezes, e é isso que quero trazer à luz nesse texto, nós já temos as respostas, mas não estamos atentos ou estamos nos recusando a enxergar.

Há quem diga que tudo que precisamos saber já está dentro de nós. Na nossa consciência, no nosso Espírito, no nosso DNA. Já nascemos com essa sabedoria e vamos ativando-a à medida que vamos nos conectando cada vez mais com nosso interior.

Tenho certeza que, por mais de uma vez, vocês já passaram por uma situação em que estavam na dúvida sobre qual decisão tomar frente a um conflito e, depois de tomada a decisão, perceberam que já era essa opção que escolheriam, desde o começo era para esse lado que estavam pendendo mais.

Claro que, quanto mais nos conhecemos, menos essas dúvidas se apresentam. Se fosse preciso, poderia listar uma larga relação de coisas que eram muito difíceis de decidir, para mim, e que hoje decido num piscar de olhos. E sei que com vocês funciona da mesma forma.

Uma das terapeutas que tive, quando me perguntava sobre algum processo interno meu, “Por que você acha que sente isso?” ou “Para qual lado você acha que deve seguir?” e eu respondia com qualquer suposição que fosse, ela se dava por satisfeita ou deixava para investigar aquilo depois. Mas, sempre que eu respondia com “Não sei”, ela rebatia com “Por trás dos ‘não sei’ é que estão as respostas mais importantes”.

Porque, entendam, o ser humano é um bicho curioso por natureza. Além de sermos muito imaginativos. Então, se algo me incomoda e eu não tenho sequer uma teoria sobre o motivo disso, se eu me recusei a tentar entender de onde isso vem, se eu simplesmente resolvi ignorar e meti um carimbo gigante de “NÃO SEI” por cima daquilo, é que existe um motivo extra nessa equação. O motivo pelo qual eu quero evitar entender o assunto é que é a chave para entendê-lo. Entenderam?

Foi aí que eu percebi que essa demora em decidir, em saber qual a resposta para a pergunta que me fazia, era por eu não querer aceitar a resposta que já sabia ser a certa. Talvez porque fosse uma resposta que não me agradasse muito, talvez porque me faria sair da minha zona de conforto. Talvez porque rompesse minha bolha e me fizesse me enxergar em uma realidade na qual eu jamais teria me imaginado.

Já aconteceu comigo também, mais vezes do que eu gostaria de admitir, de buscar respostas, recebê-las, e ainda assim querer perguntar de novo, e de novo, e mais uma vez, “só pra confirmar”.

Existem respostas que nunca sequer são dadas, e nossa, como isso é realmente frustrante! As respostas que, de fato são dadas, deveriam nos acalmar. Deveria me acalmar. Mas, confesso que comigo as coisas não funcionam tão bem assim.

Esses dias estava me questionando algo sobre mim mesma. Algo sobre o qual eu já tinha alcançado, e recebido, a resposta. Uma resposta que veio há muito tempo e repetidas vezes. Percebi-me chamando minha própria atenção sobre isso. (Fernanda, você já recebeu essa resposta. Por que querendo ir atrás dela de novo?) (Sim, rebato minhas próprias perguntas com outras perguntas. Deixa ela!).

Quando estamos investigando sobre nós mesmos, trilhando esse caminho do autoconhecimento, as perguntas precisam ser aos montes, inesgotáveis eu diria. Mas as respostas, não. As respostas serão limitadas.

Esse desequilíbrio nos força entender que questionar é o que nos tira do lugar. Perguntar é o que nos faz andar na direção que precisamos. As repostas são o de menos, até porque na hora que elas têm de vir, se tiverem de vir, virão.

O questionamento é farto porque precisamos investigar todas as áreas do nosso universo interior. Mas as respostas são em quantidade precisa para nos ensinar que nem tudo tem resposta, que temos de ter paciência para esperar a resposta quando preciso e que temos de olhar com muito cuidado e atenção para dentro de nós, pois a resposta pode já estar lá, sendo ignorada.

Essa minha paixão desenfreada por perguntas também me ensinou que muito mais importante que fazer várias perguntas é saber quais perguntas fazer. A pergunta certa pode me levar à resposta de forma mais rápida (o que pode acalmar minha ansiedade), ou pode até me fazer ver o mundo por um ponto de vista que eu não via antes.

O fato é que, para se conhecer, saber perguntar nos leva muito mais além que ficar preso pelo caminho em uma resposta que, ainda, não veio. Sim, eu sei disse que algumas respostas nunca vêm, mas esse não vir também é uma resposta. Uma resposta que nos força aprender a desapegar da necessidade de encontrar explicação para tudo, e na hora que queremos.

O autoconhecimento é um caminho de questionamentos, avanços, pausas estratégicas e desapego do que já conhecemos.

Então, vamos praticar as perguntas, cada vez mais. Além de ter paciência com as respostas para aceitar as que, aos nossos olhos, não vêm e cuidado para identificar as que já temos e estamos ignorando.

Até a próxima!



Quem pergunta o que quer… pergunte mais!






Olá, queridos! Como vão?

Desde que me conheço por gente eu sou uma pessoa que pergunta muito. “Mas quanto é muito?” Muito. Muito mesmo. Dei bastante trabalho para os adultos ao redor da criança que fui. Tudo eu perguntava, tudo eu queria saber, tudo me deixava curiosa.

Costumo dizer que nunca saí da fase dos “por quês”. Sou do mesmo jeito até hoje. Fui perguntadeira em casa, na escola, nas faculdades, com amigos, com pessoas estranhas. Tenho uma alma inquieta e curiosa e acredito que nunca vou perder isso. Adoro aprender coisas novas, conhecer lugares novos, pessoas novas.

Tudo que eu não conheço me instiga. Mesmo que depois de pouco tempo eu perca o interesse e veja que não é muito a minha praia, que não quero me aprofundar naquilo. Mas, conhecer! Ah, minha curiosidade se refestela com a oportunidade de conhecer e aprender.

Acredito que por isso esse universo do autoconhecimento me atrai tanto. A gente está sempre mudando, a pessoa que somos hoje pode não ser a mesma do ano que vem. Quem sabe até mesmo da semana que vem! O repertório do que temos para conhecer e aprender sobre nós mesmos não tem fim.

Então, as perguntas sobre tudo que me cerca e me instiga curiosidade, e especialmente sobre mim mesma, são constantes e, por que não, insistentes.

Por que estou sentindo isso? Por que essa situação me fez ter essa reação? Desde quando sinto essa dor quando penso nesse assunto? Donde vem esse sorriso espontâneo enorme toda vez que ouço essa música? O que será que devo fazer nessa situação? Como estou realmente me sentindo com essa novidade?

Perguntas. Perguntas. Perguntas. E não cobrem nem 30 segundos de um dia comum. São realmente muitas perguntas que minha cabeça formula, o tempo todo.

Eu sei que é normal se questionar sobre as coisas. Sei também que muitos de vocês também funcionam assim. Uns mais, outros menos perguntadores. E, claro, independente de quão perguntadores sejamos, há algo em comum a todos quando se diz respeito a isso: fazemos perguntas porque queremos as respostas.

(Nossa, jura?) Sim, o óbvio às vezes precisa ser dito.

É da nossa natureza buscar sentido nas coisas. Independentemente da crença de cada um, no que quer que seja, nossa mente se sente mais apaziguada em seus conflitos quando começa a perceber o sentido daquilo tudo. Podemos até não gostar do motivo pelo qual as coisas acontecem, mas não saber do motivo é algo que incomoda muito mais.

Por isso buscamos, questionamos. Refazemos, mentalizamos e recordamos situações das quais queremos respostas. Por vezes, ficamos obcecados. Passamos 80% do tempo pensando sobre o assunto e nos 20% restantes nós torcemos para que alguém mencione o mesmo assunto, só para poder pensar nele mais um pouco.

Acontece que nem sempre encontraremos as respostas que queremos, por mais que fiquemos nesse loop eterno de perguntas insistentes. E como incomoda a frustração quando isso acontece!

A questão é que muitas das vezes não encontraremos respostas e vida que segue. Ou a resposta não existe. Ou não é o momento de saber. Ou até mesmo o que precisamos é aprender com aquela situação independe da resposta.

Outra muitas vezes, e é isso que quero trazer à luz nesse texto, nós já temos as respostas, mas não estamos atentos ou estamos nos recusando a enxergar.

Há quem diga que tudo que precisamos saber já está dentro de nós. Na nossa consciência, no nosso Espírito, no nosso DNA. Já nascemos com essa sabedoria e vamos ativando-a à medida que vamos nos conectando cada vez mais com nosso interior.

Tenho certeza que, por mais de uma vez, vocês já passaram por uma situação em que estavam na dúvida sobre qual decisão tomar frente a um conflito e, depois de tomada a decisão, perceberam que já era essa opção que escolheriam, desde o começo era para esse lado que estavam pendendo mais.

Claro que, quanto mais nos conhecemos, menos essas dúvidas se apresentam. Se fosse preciso, poderia listar uma larga relação de coisas que eram muito difíceis de decidir, para mim, e que hoje decido num piscar de olhos. E sei que com vocês funciona da mesma forma.

Uma das terapeutas que tive, quando me perguntava sobre algum processo interno meu, “Por que você acha que sente isso?” ou “Para qual lado você acha que deve seguir?” e eu respondia com qualquer suposição que fosse, ela se dava por satisfeita ou deixava para investigar aquilo depois. Mas, sempre que eu respondia com “Não sei”, ela rebatia com “Por trás dos ‘não sei’ é que estão as respostas mais importantes”.

Porque, entendam, o ser humano é um bicho curioso por natureza. Além de sermos muito imaginativos. Então, se algo me incomoda e eu não tenho sequer uma teoria sobre o motivo disso, se eu me recusei a tentar entender de onde isso vem, se eu simplesmente resolvi ignorar e meti um carimbo gigante de “NÃO SEI” por cima daquilo, é que existe um motivo extra nessa equação. O motivo pelo qual eu quero evitar entender o assunto é que é a chave para entendê-lo. Entenderam?

Foi aí que eu percebi que essa demora em decidir, em saber qual a resposta para a pergunta que me fazia, era por eu não querer aceitar a resposta que já sabia ser a certa. Talvez porque fosse uma resposta que não me agradasse muito, talvez porque me faria sair da minha zona de conforto. Talvez porque rompesse minha bolha e me fizesse me enxergar em uma realidade na qual eu jamais teria me imaginado.

Já aconteceu comigo também, mais vezes do que eu gostaria de admitir, de buscar respostas, recebê-las, e ainda assim querer perguntar de novo, e de novo, e mais uma vez, “só pra confirmar”.

Existem respostas que nunca sequer são dadas, e nossa, como isso é realmente frustrante! As respostas que, de fato são dadas, deveriam nos acalmar. Deveria me acalmar. Mas, confesso que comigo as coisas não funcionam tão bem assim.

Esses dias estava me questionando algo sobre mim mesma. Algo sobre o qual eu já tinha alcançado, e recebido, a resposta. Uma resposta que veio há muito tempo e repetidas vezes. Percebi-me chamando minha própria atenção sobre isso. (Fernanda, você já recebeu essa resposta. Por que querendo ir atrás dela de novo?) (Sim, rebato minhas próprias perguntas com outras perguntas. Deixa ela!).

Quando estamos investigando sobre nós mesmos, trilhando esse caminho do autoconhecimento, as perguntas precisam ser aos montes, inesgotáveis eu diria. Mas as respostas, não. As respostas serão limitadas.

Esse desequilíbrio nos força entender que questionar é o que nos tira do lugar. Perguntar é o que nos faz andar na direção que precisamos. As repostas são o de menos, até porque na hora que elas têm de vir, se tiverem de vir, virão.

O questionamento é farto porque precisamos investigar todas as áreas do nosso universo interior. Mas as respostas são em quantidade precisa para nos ensinar que nem tudo tem resposta, que temos de ter paciência para esperar a resposta quando preciso e que temos de olhar com muito cuidado e atenção para dentro de nós, pois a resposta pode já estar lá, sendo ignorada.

Essa minha paixão desenfreada por perguntas também me ensinou que muito mais importante que fazer várias perguntas é saber quais perguntas fazer. A pergunta certa pode me levar à resposta de forma mais rápida (o que pode acalmar minha ansiedade), ou pode até me fazer ver o mundo por um ponto de vista que eu não via antes.

O fato é que, para se conhecer, saber perguntar nos leva muito mais além que ficar preso pelo caminho em uma resposta que, ainda, não veio. Sim, eu sei disse que algumas respostas nunca vêm, mas esse não vir também é uma resposta. Uma resposta que nos força aprender a desapegar da necessidade de encontrar explicação para tudo, e na hora que queremos.

O autoconhecimento é um caminho de questionamentos, avanços, pausas estratégicas e desapego do que já conhecemos.

Então, vamos praticar as perguntas, cada vez mais. Além de ter paciência com as respostas para aceitar as que, aos nossos olhos, não vêm e cuidado para identificar as que já temos e estamos ignorando.

Até a próxima!


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