Enchentes no Rio Grande do Sul causam danos no setor automotivo: mais de mil carros danificados



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Foto: Mauricio Tonetto Foto: Mauricio Tonetto

As recentes enchentes no Rio Grande do Sul deixaram um rastro de destruição, afetando significativamente o setor automotivo. Estima-se que mais de mil carros zero-quilômetro foram danificados, juntamente com mais de 200 mil veículos seminovos e usados que já estavam em circulação, de acordo com dados da consultoria Bright Consulting.

A recuperação desses veículos e sua reintrodução no mercado já estão em andamento. Enquanto algumas unidades serão restauradas e voltarão a rodar normalmente, outras serão encaminhadas para desmontagem, visando o reaproveitamento de peças.

Adiel Avelar, CEO da Copart, empresa especializada em leilões de veículos danificados em grandes catástrofes, detalhou o plano para o retorno desses veículos ao mercado.

Pátios Especiais para Veículos Alagados

No Rio Grande do Sul, a Copart montou pátios em áreas secas para armazenar os veículos danificados que possuem seguro. São 20 pátios no estado, sendo quatro deles localizados na região de Porto Alegre.

Avelar explica o processo: “O segurado entra em contato com a seguradora, que inicia o processo em parceria com a Copart. Nós retiramos o veículo, levamos para análise em nossos pátios, onde o carro é higienizado e os danos são avaliados”. Até o momento, mais de 3 mil pedidos de sinistro foram recebidos.

Uma vez que o usuário é indenizado, o veículo é transferido para a seguradora e classificado como de pequena, média ou grande monta. Veículos com danos pequenos podem ser reparados e voltar a rodar. Os veículos com danos médios passam por uma inspeção para determinar se podem ser recuperados. Já os veículos com grandes danos são destinados à desmontagem por centros credenciados pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito).

Reintrodução no Mercado

Para os carros segurados que serão reintroduzidos no mercado, a Copart organiza leilões. Avelar destaca: “Nosso objetivo é garantir que esses veículos retornem de forma segura e legal ao mercado. Os carros com danos pequenos ou médios podem ser uma boa oportunidade para compradores, desde que todas as inspeções e reparos necessários sejam feitos”.

Para veículos de pessoas físicas, a venda direta para empresas especializadas em comercialização de carros sinistrados pode ser uma opção. No entanto, apenas 30% da frota é segurada, o que levanta preocupações sobre a venda de veículos sem identificação de sinistro. Recomenda-se que os consumidores realizem uma vistoria cautelar ao comprar um carro usado.

Impacto no Mercado Automotivo

Jefferson Fürstenau, presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos (Sincodiv) e da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) no RS, destaca que as enchentes resultaram em perdas significativas para as concessionárias.

“Há 16 dias estamos sem vender carros porque estamos sem serviço do Detran”, relata Fürstenau. A recuperação do mercado deve ocorrer em duas fases: inicialmente, com alta procura por veículos devido à indenização dos seguros, seguida de uma avaliação mais precisa das perdas nos meses subsequentes.




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Enchentes no Rio Grande do Sul causam danos no setor automotivo: mais de mil carros danificados



Foto: Mauricio Tonetto Foto: Mauricio Tonetto




As recentes enchentes no Rio Grande do Sul deixaram um rastro de destruição, afetando significativamente o setor automotivo. Estima-se que mais de mil carros zero-quilômetro foram danificados, juntamente com mais de 200 mil veículos seminovos e usados que já estavam em circulação, de acordo com dados da consultoria Bright Consulting.

A recuperação desses veículos e sua reintrodução no mercado já estão em andamento. Enquanto algumas unidades serão restauradas e voltarão a rodar normalmente, outras serão encaminhadas para desmontagem, visando o reaproveitamento de peças.

Adiel Avelar, CEO da Copart, empresa especializada em leilões de veículos danificados em grandes catástrofes, detalhou o plano para o retorno desses veículos ao mercado.

Pátios Especiais para Veículos Alagados

No Rio Grande do Sul, a Copart montou pátios em áreas secas para armazenar os veículos danificados que possuem seguro. São 20 pátios no estado, sendo quatro deles localizados na região de Porto Alegre.

Avelar explica o processo: “O segurado entra em contato com a seguradora, que inicia o processo em parceria com a Copart. Nós retiramos o veículo, levamos para análise em nossos pátios, onde o carro é higienizado e os danos são avaliados”. Até o momento, mais de 3 mil pedidos de sinistro foram recebidos.

Uma vez que o usuário é indenizado, o veículo é transferido para a seguradora e classificado como de pequena, média ou grande monta. Veículos com danos pequenos podem ser reparados e voltar a rodar. Os veículos com danos médios passam por uma inspeção para determinar se podem ser recuperados. Já os veículos com grandes danos são destinados à desmontagem por centros credenciados pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito).

Reintrodução no Mercado

Para os carros segurados que serão reintroduzidos no mercado, a Copart organiza leilões. Avelar destaca: “Nosso objetivo é garantir que esses veículos retornem de forma segura e legal ao mercado. Os carros com danos pequenos ou médios podem ser uma boa oportunidade para compradores, desde que todas as inspeções e reparos necessários sejam feitos”.

Para veículos de pessoas físicas, a venda direta para empresas especializadas em comercialização de carros sinistrados pode ser uma opção. No entanto, apenas 30% da frota é segurada, o que levanta preocupações sobre a venda de veículos sem identificação de sinistro. Recomenda-se que os consumidores realizem uma vistoria cautelar ao comprar um carro usado.

Impacto no Mercado Automotivo

Jefferson Fürstenau, presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos (Sincodiv) e da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) no RS, destaca que as enchentes resultaram em perdas significativas para as concessionárias.

“Há 16 dias estamos sem vender carros porque estamos sem serviço do Detran”, relata Fürstenau. A recuperação do mercado deve ocorrer em duas fases: inicialmente, com alta procura por veículos devido à indenização dos seguros, seguida de uma avaliação mais precisa das perdas nos meses subsequentes.


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