O Palácio da Resistência, sede da Prefeitura, apresentou ontem, 22, em grande evento, a nominata de vereadores do União Brasil (UB), partido do prefeito Allyson Bezerra. O UB fechou a lista com o máximo de nomes permitidos, 22. São 14 vereadores, todos homens, e 7 pré-candidatas femininas.
A legenda deve eleger entre 20% à 25% das vagas do Legislativo, distante dos cálculos iniciais que davam de conta de elegerem, um terço ou mais, da composição da Câmara.
O fato é que Allyson mostrou sua força, com popularidade em alta, e uma Câmara Municipal rechaçada pela população, os edis se viram acuados, tendo que aceitar o plano do chapão traçado pelo Palácio.
As esteiras para os vereadores não são tão atraentes, e a torcida é que contem com um forte voto de legenda, vinculado ao mesmo número do prefeito nas urnas, o 44 do UB. Porém, é difícil que uma enxurrada de votos em legenda possa conferir melhores resultados para uma turma de vereadores tão desgastada.
Nem mesmo o recheado fundo eleitoral do União deve circular de forma equânime, já que há um grupo seleto de parlamentares que conta com a simpatia da entourage executiva.
O salve-se quem puder está apenas começando nas fileiras do governismo. Se ontem a noite foi de muita festa e sorrisos, isso ficou apenas para as lentes das câmeras. Nos bastidores o clima é de alta tensão entre a maioria da bancada situacionista. A briga de cotoveladas entre a base do prefeito está só começando. Preparem a pipoca, porque a campanha de reeleição terá contornos dramáticos.