Na madrugada desta quinta-feira (10), o Tribunal do Júri de Natal proferiu suas decisões em um caso que chocou a cidade: o assassinato do coronel aposentado da Força Aérea Brasileira (FAB), Roberto Perdiza, de 71 anos. O julgamento, que teve início às 9h de quarta-feira (9) e se estendeu até cerca de 1h50, resultou na condenação de Jerusa Linda dos Santos, conhecida como Gabriela, e José Rodrigues da Silva, pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, furto contra vítima maior de 60 anos e ocultação de cadáver.
Gabriela foi sentenciada a 26 anos e 10 meses de reclusão, enquanto José Rodrigues recebeu uma pena total de 28 anos e 10 meses. Ambos foram considerados culpados pela complexidade e brutalidade do crime, que envolveu a morte do coronel e a tentativa de ocultar os fatos.
Por outro lado, Washington Luiz Gomes da Silva foi absolvido da acusação de homicídio duplamente qualificado, mas foi condenado pelo crime de ocultação de cadáver, com uma pena fixada em um ano e seis meses de reclusão.
O júri que tomou a decisão era composto por seis homens e uma mulher.
Relembre o caso
Segundo as investigações, o crime ocorreu após a vítima se encontrar com Jerusa Linda dos Santos, conhecida como Gabriela, em um motel. Por volta das 23h30 do dia 30 de agosto, Gabriela teria chamado um homem que se apresentou como motorista de aplicativo, que na verdade era um comparsa.
Os três acusados — Gabriela e os homens José Rodrigues da Silva e Washington Luiz Gomes da Silva — estavam dentro do carro no momento do assassinato. A vítima foi brutalmente assassinada e teve seu corpo abandonado em uma área de mata em Macaíba, na região metropolitana de Natal. O estado do corpo foi alarmante: encontrado sem cabeça e sem as mãos, a ossada só foi localizada cerca de três meses após o crime, o que complicou ainda mais as investigações.