Na manhã desta sexta-feira (18), trabalhadores da saúde de Natal realizaram mais um protesto organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN), denunciando o fechamento da Unidade de Saúde da Família (USF) de Nazaré, localizada na Zona Oeste da capital. A manifestação faz parte de uma série de ações promovidas pelo sindicato para chamar a atenção da população e das autoridades sobre a falta de estrutura e o descaso da gestão do prefeito Álvaro Dias em relação às unidades de saúde da cidade.

Segundo o Sindsaúde, o fechamento da USF de Nazaré é mais um exemplo do desmonte dos serviços públicos de saúde na cidade. A entidade denuncia que a situação nas unidades tem se agravado, com condições precárias tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes. Entre os problemas apontados estão a falta de insumos, equipamentos inadequados e o déficit de profissionais.

“Precisamos escancarar o cotidiano sofrido dos servidores e usuários do SUS em Natal”, declarou a direção do Sindsaúde/RN, ressaltando a necessidade de mobilização coletiva para pressionar por melhorias no sistema de saúde municipal.

Durante o ato, os manifestantes também distribuíram a segunda edição do boletim “Impaciente”, uma publicação criada pelo sindicato para denunciar a precarização das unidades de saúde. Enquanto a primeira edição, lançada em agosto, focava na realidade das unidades da Zona Norte de Natal, a nova edição aborda as dificuldades enfrentadas pelas unidades da Zona Oeste, evidenciando a falta de investimentos na saúde pública.

O protesto desta sexta-feira faz parte de um movimento contínuo de trabalhadores e sindicatos, que cobram melhores condições de trabalho, aumento de investimentos no setor e a reabertura de unidades fechadas, como a USF de Nazaré. Para o Sindsaúde, as manifestações são essenciais para garantir que a população natalense tenha acesso a um atendimento de qualidade e que os servidores possam trabalhar em condições adequadas.