O historiador Pedro Pinheiro de Araújo Júnior reconstituiu, em sua tese de doutorado, a territorialização indígena do que hoje conhecemos por Extremoz e os mecanismos que viriam a desfigurá-la no Século XIX.
O território de Extremoz, no entender de Pedro Júnior, não era somente espaço físico; era também identidade, memória e defesa comum. Potiguaras, Panatis, Caborés e Janduís foram protagonistas na territorialização da região após a Guerra dos Bárbaros. Depois, os indígenas ainda atuariam em episódios como a Revolução de 1817 e a Confederação do Equador, reforçando o protagonismo na atuação política dos povos originários no Rio Grande do Norte, que ocuparam inclusive cargos locais e requereram sesmarias.
No enanto, o Regulamento da Civilização dos Índios, de 1845, e a Lei de Terras, em 1850, desfiguraram o território de Extremoz, legitimando a tomada das áreas indígenas sob o argumento de “extinção” ou “mistura” dos povos. A matéria, escrita por Cláudio Wagner, está presente na página 2 da edição impressa de O Potengi.
Sobre o jornal
O Potengi é impresso na RB Gráfica e Editora e distribuído gratuitamente toda semana. Se quiser que seu estabelecimento torne-se um ponto de distribuição, entre em contato com (84) 99802-0270 ou 99863-3579.





Deixe um comentário