Tem medo que não é tão bobo

Olá, queridos! Como vão? Nada como um feriado em plena sexta-feira para deixa nosso fim de semana mais feliz ainda, não é? Eu até pensei em falar sobre isso hoje: felicidade. Mas, falaremos desse tópico em outra oportunidade, ok? Hoje, quero aproveitar o gancho que um dos significados desse feriado desencadeou, em forma pensamentos, nessa…


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👏🏻👏🏻👏🏻

Quantas lições nesse relato maravilhoso 👏🏾👏🏾

Excelente! 👏👏👏👏


Olá, queridos! Como vão?

Nada como um feriado em plena sexta-feira para deixa nosso fim de semana mais feliz ainda, não é? Eu até pensei em falar sobre isso hoje: felicidade. Mas, falaremos desse tópico em outra oportunidade, ok? Hoje, quero aproveitar o gancho que um dos significados desse feriado desencadeou, em forma pensamentos, nessa mente inquieta que vos escreve.

Não, eu não vou falar sobre história, apesar de ser um tema que gosto muito. Nem tampouco sobre política. Digamos apenas que não faz meu perfil. Quero falar sobre o momento em nossas vidas em que nos libertamos de algo que nos oprime, algo que não nos faz bem, algo sem o qual podemos avançar, crescer e alcançar lugares que sequer ousávamos sonhar.

Sim, existem vários fatores que podem agir como nossos opressores e limitadores, sejam pessoas, coisas, sentimentos. São muitos. Mas, o fator do qual eu quero falar, especificamente, hoje, é o medo.

Medo. Segundo o dicionário, é um estado emocional resultante da consciência de perigo ou de ameaça, reais, hipotéticos ou imaginários. O pai da psicanálise, Sigmund Freud, dizia que os objetos das nossas fobias, dos nossos medos, desencadeiam nossa angústia e nos instigam a fugir.

Apesar de concordar com ambas descrições, de que o medo desperta em nós o desejo de fugir, (o que muitas vezes é bastante válido e pode nos salvar de situações de perigo), muito provavelmente por ter vivido raríssimas situações de perigo real (algo pelo qual sou imensamente grata), para mim, Fernanda, o medo sempre esteve mais para raio congelante do que para adrenalina combustível de fuga.

Como eu disse, raras mesmo foram as vezes em que me percebi em risco, fosse à vida ou integridade física. Meus medos eram basicamente de sentir dor, mesmo sem motivo para isso, de não conseguir alcançar certos objetivos e de conseguir alcançá-los.

Vamos esmiuçar isso. Primeiro, o medo de sentir dor. Eu sofria por antecipação, sem necessidade, por alguma dor que pudesse vir a sentir. Tinha medo do mertiolate antes dele encostar no machucado, tinha medo de perder pessoas que amo quando nada ameaçava suas vidas, tinha medo de ter o coração partido antes mesmo de tê-lo colocado para jogo.

O medo de sentir dor me paralisava, me fazia não viver tudo aquilo que podia. Falo no passado não por ter deixado de sentir medo, mas porque venho aprendendo a não mais paralisar. Afinal, dor dá e passa. Seja uma dor física, psicológica, emocional.

Outro medo muito frequente na minha cabeça sempre foi o medo de não conseguir. Eu já contei aqui para vocês como não me conhecia de verdade por grande parte da minha vida. Se eu não sabia quem eu era, também não conhecia minhas reais habilidades e capacidades. Isso me dava muito medo de não conseguir alcançar o que buscava por não saber do que era realmente capaz. Do que sou realmente capaz.

E por ter vivido muito tempo acreditando que podia pouco, não era acostumada quando alcançava algo. Não era familiar. Era estranho. Aí é que aparecia o medo de conseguir. Sabe quando somos crianças e temos medo do escuro? O que tememos mesmo é o que não vemos. O desconhecido.

Muita gente, assim como eu, passa boa parte da vida com medo de ser feliz e de alcançar seus sonhos, não porque não queira de verdade. Até quer sim, mas porque tem medo de não saber lidar com aquilo que não conhece e se perceber, mais uma vez, descrente de suas reais capacidades. E pior, acaba por temer estragar tudo, assim que conseguir.

Sei que tem quem leia isso tudo e pense: “Isso não faz o menor sentido!”. Pois eu concordo! Medo tem propósito, que é nos resguardar de situações de perigo. Mas sentido? Não tem sentido algum. O medo é irracional. Ele só vem. Mas, assim como vem, vai.

E o bom é quando a gente começa a entender o medo, a conhecer suas nuances, a se libertar de sua opressão, justamente quando resolve encará-lo nos olhos, assim de nariz empinado mesmo, e ter coragem de fazer tudo aquilo que queremos, e aceitar o que vier disso com peito inflado, como quem mata uma bola e a manda direto para o gol.

Gosto muito do que a pesquisadora Brené Brown fala sobre isso. Ela traz a dualidade “coragem e vulnerabilidade” e diz que sempre que avançamos nos colocamos entre esse duo. Seja para declarar nossos sentimentos a alguém, para iniciar numa nova carreira, para mudar de cidade. Ao fazermos isso, nos colocamos em uma situação vulnerável, desprotegida, tendo a coragem de enfrentar o medo que essa vulnerabilidade nos traz.

É nesse enfrentamento que vamos superando, um a um, nossos medos. Eles que nos impedem de conhecer outros mundos, outras pessoas, ou simplesmente explorar aquele talento há muito escondido por medo de não agradar. Esse medo paralisante pode até mesmo nos impedir de seguir com nossa jornada de autoconhecimento, já que todos temos sombras dentro de nós, mas nem todos estão dispostos a encará-las.

Quanto a isso, quero deixar claro que está tudo bem. Cada um tem seu tempo e seu jeito de trilhar esse caminho e cada um só cuida do seu, lembram? Pois bem, que é importante encaramos tudo isso, é sim! Mas cada um com seu cada um.

Não digo que é fácil. Nada do que tratamos aqui é. Mas digo que é, sim, possível transpor essa barreira do medo limitador e libertar-se de formas que nem esperávamos. Eu venho fazendo isso, transpondo medos meus um por um. Há vários meses enfrentei um medo que me aprisionava há incontáveis anos.

E, acreditem se quiserem, fazer isso me fez superar outro medo, quase uma fobia já, que vinha me aprisionando há meses. Medos, à superfície, sem relação alguma um com o outro, mas foi mágico de ver essa libertação em cadeia agindo como uma fileira de dominós empilhados. Só de imaginar a cena dos dominós caindo e levando o próximo junto já é bem prazeroso, né? Imagine sentir isso com a queda dos medos! (Isso daria um bom título de filme).

Outro dia, reuni todas as minhas forças para expor verdades minhas que acreditava que, se as mostrasse, me faria sentir presa a quem as ouviu. Maravilhosa foi a minha surpresa quando o que aconteceu foi exatamente o oposto, nunca me senti tão leve e livre na vida. Uma sensação inebriante! Confesso que fiquei viciada nisso e tenho me colocado cada vez mais em situações onde preciso encarar meus medos. Claro que com o fator segurança sempre em alta conta!

Essa sequência de enfrentamento de medos tem sido uma bola de neve deliciosa de ver girando e atropelando tudo que está empacado pela frente. Falando nisso, que apenas a bola de neve de enfrentamentos de medos passe por cima das coisas, ok! Não estou, de forma alguma, incentivando ninguém a dizer verdades mal educadas e desrespeitosas a ninguém. Falo de botar para fora sentimentos bons, e só.

E, como eu gosto, quero deixar mais uma tarefinha de casa para vocês. Que tal fazer uma lista dos seus medos? Tentar entender o que te limita, se esses limites são reais mesmo ou se foram criados pelos seus medos, assim como muitos dos meus.

Por exemplo, se você sonha em morar na Sibéria, mas não vai porque seu organismo não suporta frio, esse podemos dizer que é um limite real. Agora, se seu sonho é largar seu emprego estável e viver de arte na praia, mas não vai por medo da sua família querer te interditar, esse eu considero um limite criado pelo medo. Quer dizer, sua família até pode querer te interditar, isso pode acontecer sim, mas aí você já vai estar na praia, com sua arte, o mar aos seus pés, nada mais iria te incomodar, não é mesmo?

Agora, sem gracejos, falando sério mesmo. Liste e encare seus medos. Todos que conseguir. Imagine os cenários e o que de pior poderia acontecer se seu medo se concretizasse. Por experiência própria, eu te digo, por pior que seja o cenário, nada é mais assustador que viver com medo. Pior ainda, nada é mais assustador que não viver, por estar com medo.

Lembrem-se: se esses medos forem muito difíceis de enfrentar só, existem profissionais capacitados para ajudar com isso, ok. Psiquiatria e psicologia salvando nossas aventuras nesse universo gigante que chamamos de nossa mente.

E como diz aquela frase bastante divulgada na internet, cuja autoria eu desconheço-mas-já-considero-pacas, e bastante propícia para a nossa conversa de hoje: “Vai. E se der medo, vai com medo mesmo!”.

Até a próxima!





O Potengi

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Tem medo que não é tão bobo

Olá, queridos! Como vão?

Nada como um feriado em plena sexta-feira para deixa nosso fim de semana mais feliz ainda, não é? Eu até pensei em falar sobre isso hoje: felicidade. Mas, falaremos desse tópico em outra oportunidade, ok? Hoje, quero aproveitar o gancho que um dos significados desse feriado desencadeou, em forma pensamentos, nessa mente inquieta que vos escreve.

Não, eu não vou falar sobre história, apesar de ser um tema que gosto muito. Nem tampouco sobre política. Digamos apenas que não faz meu perfil. Quero falar sobre o momento em nossas vidas em que nos libertamos de algo que nos oprime, algo que não nos faz bem, algo sem o qual podemos avançar, crescer e alcançar lugares que sequer ousávamos sonhar.

Sim, existem vários fatores que podem agir como nossos opressores e limitadores, sejam pessoas, coisas, sentimentos. São muitos. Mas, o fator do qual eu quero falar, especificamente, hoje, é o medo.

Medo. Segundo o dicionário, é um estado emocional resultante da consciência de perigo ou de ameaça, reais, hipotéticos ou imaginários. O pai da psicanálise, Sigmund Freud, dizia que os objetos das nossas fobias, dos nossos medos, desencadeiam nossa angústia e nos instigam a fugir.

Apesar de concordar com ambas descrições, de que o medo desperta em nós o desejo de fugir, (o que muitas vezes é bastante válido e pode nos salvar de situações de perigo), muito provavelmente por ter vivido raríssimas situações de perigo real (algo pelo qual sou imensamente grata), para mim, Fernanda, o medo sempre esteve mais para raio congelante do que para adrenalina combustível de fuga.

Como eu disse, raras mesmo foram as vezes em que me percebi em risco, fosse à vida ou integridade física. Meus medos eram basicamente de sentir dor, mesmo sem motivo para isso, de não conseguir alcançar certos objetivos e de conseguir alcançá-los.

Vamos esmiuçar isso. Primeiro, o medo de sentir dor. Eu sofria por antecipação, sem necessidade, por alguma dor que pudesse vir a sentir. Tinha medo do mertiolate antes dele encostar no machucado, tinha medo de perder pessoas que amo quando nada ameaçava suas vidas, tinha medo de ter o coração partido antes mesmo de tê-lo colocado para jogo.

O medo de sentir dor me paralisava, me fazia não viver tudo aquilo que podia. Falo no passado não por ter deixado de sentir medo, mas porque venho aprendendo a não mais paralisar. Afinal, dor dá e passa. Seja uma dor física, psicológica, emocional.

Outro medo muito frequente na minha cabeça sempre foi o medo de não conseguir. Eu já contei aqui para vocês como não me conhecia de verdade por grande parte da minha vida. Se eu não sabia quem eu era, também não conhecia minhas reais habilidades e capacidades. Isso me dava muito medo de não conseguir alcançar o que buscava por não saber do que era realmente capaz. Do que sou realmente capaz.

E por ter vivido muito tempo acreditando que podia pouco, não era acostumada quando alcançava algo. Não era familiar. Era estranho. Aí é que aparecia o medo de conseguir. Sabe quando somos crianças e temos medo do escuro? O que tememos mesmo é o que não vemos. O desconhecido.

Muita gente, assim como eu, passa boa parte da vida com medo de ser feliz e de alcançar seus sonhos, não porque não queira de verdade. Até quer sim, mas porque tem medo de não saber lidar com aquilo que não conhece e se perceber, mais uma vez, descrente de suas reais capacidades. E pior, acaba por temer estragar tudo, assim que conseguir.

Sei que tem quem leia isso tudo e pense: “Isso não faz o menor sentido!”. Pois eu concordo! Medo tem propósito, que é nos resguardar de situações de perigo. Mas sentido? Não tem sentido algum. O medo é irracional. Ele só vem. Mas, assim como vem, vai.

E o bom é quando a gente começa a entender o medo, a conhecer suas nuances, a se libertar de sua opressão, justamente quando resolve encará-lo nos olhos, assim de nariz empinado mesmo, e ter coragem de fazer tudo aquilo que queremos, e aceitar o que vier disso com peito inflado, como quem mata uma bola e a manda direto para o gol.

Gosto muito do que a pesquisadora Brené Brown fala sobre isso. Ela traz a dualidade “coragem e vulnerabilidade” e diz que sempre que avançamos nos colocamos entre esse duo. Seja para declarar nossos sentimentos a alguém, para iniciar numa nova carreira, para mudar de cidade. Ao fazermos isso, nos colocamos em uma situação vulnerável, desprotegida, tendo a coragem de enfrentar o medo que essa vulnerabilidade nos traz.

É nesse enfrentamento que vamos superando, um a um, nossos medos. Eles que nos impedem de conhecer outros mundos, outras pessoas, ou simplesmente explorar aquele talento há muito escondido por medo de não agradar. Esse medo paralisante pode até mesmo nos impedir de seguir com nossa jornada de autoconhecimento, já que todos temos sombras dentro de nós, mas nem todos estão dispostos a encará-las.

Quanto a isso, quero deixar claro que está tudo bem. Cada um tem seu tempo e seu jeito de trilhar esse caminho e cada um só cuida do seu, lembram? Pois bem, que é importante encaramos tudo isso, é sim! Mas cada um com seu cada um.

Não digo que é fácil. Nada do que tratamos aqui é. Mas digo que é, sim, possível transpor essa barreira do medo limitador e libertar-se de formas que nem esperávamos. Eu venho fazendo isso, transpondo medos meus um por um. Há vários meses enfrentei um medo que me aprisionava há incontáveis anos.

E, acreditem se quiserem, fazer isso me fez superar outro medo, quase uma fobia já, que vinha me aprisionando há meses. Medos, à superfície, sem relação alguma um com o outro, mas foi mágico de ver essa libertação em cadeia agindo como uma fileira de dominós empilhados. Só de imaginar a cena dos dominós caindo e levando o próximo junto já é bem prazeroso, né? Imagine sentir isso com a queda dos medos! (Isso daria um bom título de filme).

Outro dia, reuni todas as minhas forças para expor verdades minhas que acreditava que, se as mostrasse, me faria sentir presa a quem as ouviu. Maravilhosa foi a minha surpresa quando o que aconteceu foi exatamente o oposto, nunca me senti tão leve e livre na vida. Uma sensação inebriante! Confesso que fiquei viciada nisso e tenho me colocado cada vez mais em situações onde preciso encarar meus medos. Claro que com o fator segurança sempre em alta conta!

Essa sequência de enfrentamento de medos tem sido uma bola de neve deliciosa de ver girando e atropelando tudo que está empacado pela frente. Falando nisso, que apenas a bola de neve de enfrentamentos de medos passe por cima das coisas, ok! Não estou, de forma alguma, incentivando ninguém a dizer verdades mal educadas e desrespeitosas a ninguém. Falo de botar para fora sentimentos bons, e só.

E, como eu gosto, quero deixar mais uma tarefinha de casa para vocês. Que tal fazer uma lista dos seus medos? Tentar entender o que te limita, se esses limites são reais mesmo ou se foram criados pelos seus medos, assim como muitos dos meus.

Por exemplo, se você sonha em morar na Sibéria, mas não vai porque seu organismo não suporta frio, esse podemos dizer que é um limite real. Agora, se seu sonho é largar seu emprego estável e viver de arte na praia, mas não vai por medo da sua família querer te interditar, esse eu considero um limite criado pelo medo. Quer dizer, sua família até pode querer te interditar, isso pode acontecer sim, mas aí você já vai estar na praia, com sua arte, o mar aos seus pés, nada mais iria te incomodar, não é mesmo?

Agora, sem gracejos, falando sério mesmo. Liste e encare seus medos. Todos que conseguir. Imagine os cenários e o que de pior poderia acontecer se seu medo se concretizasse. Por experiência própria, eu te digo, por pior que seja o cenário, nada é mais assustador que viver com medo. Pior ainda, nada é mais assustador que não viver, por estar com medo.

Lembrem-se: se esses medos forem muito difíceis de enfrentar só, existem profissionais capacitados para ajudar com isso, ok. Psiquiatria e psicologia salvando nossas aventuras nesse universo gigante que chamamos de nossa mente.

E como diz aquela frase bastante divulgada na internet, cuja autoria eu desconheço-mas-já-considero-pacas, e bastante propícia para a nossa conversa de hoje: “Vai. E se der medo, vai com medo mesmo!”.

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