Sugar Baby: Os Perigos da Imersão no Mundo Virtual

As vezes, esse degustador de filmes e séries assiste algo e passa dias pensando se vale ou não apena escrever sobre e trazer aqui para sua leitura. Isso acontece porque escrevo desenjando que assista o filme e veja se compartilha das mesmas impressões que passo no texto. Mas, no caso desse filme escrevi assim que…


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Um ema muito pertinente, embora a relação Sugar Baby” não ser nova (a exemplo do filme Papai Pernilongo) filme de 1955 que retrata esse mesmo tipo de relação, ele continua sendo um tema atual, uma vez que homens mais velhos (solitário ou não) buscam em mulheres jovens sentir-se objeto de atenção ao mesmo tempo que essas meninas buscam algum tipo de proteção ou muleta para ampara-se . A critica é totalmente pertinente, pois não podemos ignorar os malefícios psicológicos dessa fantasia em ambos.


As vezes, esse degustador de filmes e séries assiste algo e passa dias pensando se vale ou não apena escrever sobre e trazer aqui para sua leitura. Isso acontece porque escrevo desenjando que assista o filme e veja se compartilha das mesmas impressões que passo no texto. Mas, no caso desse filme escrevi assim que terminei de assistir, agora apresento a resenha para seu deleite.

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O filme “Sugar Baby” (2021), dirigido por Mélissa Larivière, é uma reflexão perturbadora e atual sobre os perigos de viver imerso no mundo virtual. A trama acompanha a jovem Emma, interpretada por Noémie O’Farrell, que, em busca de validação e conexão, mergulha em um relacionamento virtual com um homem mais velho, explorando as dinâmicas de poder e as ilusões criadas pelas redes sociais e plataformas digitais. O filme não apenas retrata a busca por afeto em um ambiente digital, mas também expõe as armadilhas psicológicas e emocionais que surgem quando a vida real é substituída por uma realidade virtual.

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Um dos pontos fortes do filme é a maneira como ele aborda a solidão contemporânea. Emma, uma jovem introvertida e insegura, encontra no mundo virtual um refúgio onde pode reinventar-se e sentir-se desejada. No entanto, essa fuga rapidamente se transforma em uma prisão, onde as fronteiras entre o real e o virtual se confundem.

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A direção de Larivière é eficaz ao usar planos fechados e cores frias para transmitir o isolamento da protagonista, enquanto as cenas nas redes sociais são saturadas e brilhantes, simbolizando a falsa promessa de felicidade que o mundo digital oferece.

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A crítica ao consumismo e à objetificação do corpo feminino também é central na narrativa. Emma, ao se envolver em um relacionamento de “sugar baby”, acaba sendo reduzida a um produto, negociando sua imagem e afeto em troca de atenção e presentes. O filme questiona até que ponto as plataformas digitais, ao incentivarem a exibição constante da vida privada, contribuem para essa mercantilização das relações humanas. A personagem de Emma torna-se um símbolo da geração que cresceu sob a influência das redes sociais, onde a autoestima é frequentemente medida por likes e seguidores.

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No entanto, o filme peca em alguns momentos por sua abordagem superficial de temas complexos. A relação entre Emma e seu “sugar daddy” poderia ter sido explorada com maior profundidade, especialmente no que diz respeito às motivações psicológicas de ambos. Além disso, o final, embora impactante, parece apressado e deixa questões importantes sem resposta, como o impacto a longo prazo dessa experiência na vida da protagonista.

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Apesar dessas falhas, “Sugar Baby” é um alerta necessário sobre os perigos de viver imerso no mundo virtual. O filme nos lembra que, embora a internet possa oferecer conexões instantâneas e uma sensação de pertencimento, ela também pode ser um espaço de alienação e exploração. Em uma era em que a vida online muitas vezes substitui a vida real, “Sugar Baby” serve como um espelho perturbador de nossas próprias vulnerabilidades e da facilidade com que podemos nos perder na ilusão do mundo digital.





Sugar Baby: Os Perigos da Imersão no Mundo Virtual

As vezes, esse degustador de filmes e séries assiste algo e passa dias pensando se vale ou não apena escrever sobre e trazer aqui para sua leitura. Isso acontece porque escrevo desenjando que assista o filme e veja se compartilha das mesmas impressões que passo no texto. Mas, no caso desse filme escrevi assim que terminei de assistir, agora apresento a resenha para seu deleite.

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O filme “Sugar Baby” (2021), dirigido por Mélissa Larivière, é uma reflexão perturbadora e atual sobre os perigos de viver imerso no mundo virtual. A trama acompanha a jovem Emma, interpretada por Noémie O’Farrell, que, em busca de validação e conexão, mergulha em um relacionamento virtual com um homem mais velho, explorando as dinâmicas de poder e as ilusões criadas pelas redes sociais e plataformas digitais. O filme não apenas retrata a busca por afeto em um ambiente digital, mas também expõe as armadilhas psicológicas e emocionais que surgem quando a vida real é substituída por uma realidade virtual.

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Um dos pontos fortes do filme é a maneira como ele aborda a solidão contemporânea. Emma, uma jovem introvertida e insegura, encontra no mundo virtual um refúgio onde pode reinventar-se e sentir-se desejada. No entanto, essa fuga rapidamente se transforma em uma prisão, onde as fronteiras entre o real e o virtual se confundem.

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A direção de Larivière é eficaz ao usar planos fechados e cores frias para transmitir o isolamento da protagonista, enquanto as cenas nas redes sociais são saturadas e brilhantes, simbolizando a falsa promessa de felicidade que o mundo digital oferece.

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A crítica ao consumismo e à objetificação do corpo feminino também é central na narrativa. Emma, ao se envolver em um relacionamento de “sugar baby”, acaba sendo reduzida a um produto, negociando sua imagem e afeto em troca de atenção e presentes. O filme questiona até que ponto as plataformas digitais, ao incentivarem a exibição constante da vida privada, contribuem para essa mercantilização das relações humanas. A personagem de Emma torna-se um símbolo da geração que cresceu sob a influência das redes sociais, onde a autoestima é frequentemente medida por likes e seguidores.

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No entanto, o filme peca em alguns momentos por sua abordagem superficial de temas complexos. A relação entre Emma e seu “sugar daddy” poderia ter sido explorada com maior profundidade, especialmente no que diz respeito às motivações psicológicas de ambos. Além disso, o final, embora impactante, parece apressado e deixa questões importantes sem resposta, como o impacto a longo prazo dessa experiência na vida da protagonista.

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Apesar dessas falhas, “Sugar Baby” é um alerta necessário sobre os perigos de viver imerso no mundo virtual. O filme nos lembra que, embora a internet possa oferecer conexões instantâneas e uma sensação de pertencimento, ela também pode ser um espaço de alienação e exploração. Em uma era em que a vida online muitas vezes substitui a vida real, “Sugar Baby” serve como um espelho perturbador de nossas próprias vulnerabilidades e da facilidade com que podemos nos perder na ilusão do mundo digital.



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Um ema muito pertinente, embora a relação Sugar Baby” não ser nova (a exemplo do filme Papai Pernilongo) filme de 1955 que retrata esse mesmo tipo de relação, ele continua sendo um tema atual, uma vez que homens mais velhos (solitário ou não) buscam em mulheres jovens sentir-se objeto de atenção ao mesmo tempo que essas meninas buscam algum tipo de proteção ou muleta para ampara-se . A critica é totalmente pertinente, pois não podemos ignorar os malefícios psicológicos dessa fantasia em ambos.