Setor pesqueiro do RN busca alternativas para evitar demissões após tarifas dos EUA

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Ícone de crédito Foto: Reprodução

O setor da pesca no Rio Grande do Norte está avaliando medidas para evitar demissões em massa após o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo governo dos Estados Unidos. A medida, decretada pelo presidente Donald Trump, ameaça cerca de 1.500 empregos no estado, já que os EUA absorvem 80% das exportações de pescado potiguar — no caso da pesca industrial de atum, essa dependência chega a 100%.

“Sem acesso ao mercado americano, a atividade se torna inviável. Estamos discutindo com a Delegacia Regional do Trabalho a possibilidade de afastamentos coletivos temporários ou capacitações para preservar os postos de trabalho enquanto buscamos soluções”, explicou Arimar França Filho, presidente do Sindipesca-RN. A próxima safra, prevista para meados de agosto, já está comprometida, com a maioria das embarcações permanecendo em terra.

Impacto econômico e busca por novos mercados
Entre janeiro e junho de 2025, o RN exportou mais de US$ 11,5 milhões em pescados para os EUA, colocando o setor entre os cinco principais da pauta exportadora do estado. Com as tarifas, o abastecimento interno também pode ser afetado, já que 30% do faturamento das empresas vinha de mercados secundários vinculados à exportação principal.

Como alternativa, o setor mira a Europa, mas enfrenta um embargo sanitário vigente desde 2018 devido a falhas em controles de qualidade. Outra opção seria a Ásia, porém a infraestrutura inadequada do Porto de Natal impede o escoamento para rotas mais longas. “O governo precisa agir para destravar esses mercados”, cobrou Roberto Serquiz, presidente da Fiern. Enquanto isso, a prioridade é evitar demissões, mantendo os trabalhadores em esquemas temporários até a resolução da crise.




Setor pesqueiro do RN busca alternativas para evitar demissões após tarifas dos EUA


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O setor da pesca no Rio Grande do Norte está avaliando medidas para evitar demissões em massa após o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo governo dos Estados Unidos. A medida, decretada pelo presidente Donald Trump, ameaça cerca de 1.500 empregos no estado, já que os EUA absorvem 80% das exportações de pescado potiguar — no caso da pesca industrial de atum, essa dependência chega a 100%.

“Sem acesso ao mercado americano, a atividade se torna inviável. Estamos discutindo com a Delegacia Regional do Trabalho a possibilidade de afastamentos coletivos temporários ou capacitações para preservar os postos de trabalho enquanto buscamos soluções”, explicou Arimar França Filho, presidente do Sindipesca-RN. A próxima safra, prevista para meados de agosto, já está comprometida, com a maioria das embarcações permanecendo em terra.

Impacto econômico e busca por novos mercados
Entre janeiro e junho de 2025, o RN exportou mais de US$ 11,5 milhões em pescados para os EUA, colocando o setor entre os cinco principais da pauta exportadora do estado. Com as tarifas, o abastecimento interno também pode ser afetado, já que 30% do faturamento das empresas vinha de mercados secundários vinculados à exportação principal.

Como alternativa, o setor mira a Europa, mas enfrenta um embargo sanitário vigente desde 2018 devido a falhas em controles de qualidade. Outra opção seria a Ásia, porém a infraestrutura inadequada do Porto de Natal impede o escoamento para rotas mais longas. “O governo precisa agir para destravar esses mercados”, cobrou Roberto Serquiz, presidente da Fiern. Enquanto isso, a prioridade é evitar demissões, mantendo os trabalhadores em esquemas temporários até a resolução da crise.

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