Sesap intensifica cuidados para pacientes com doença falciforme no RN







Sesap intensifica cuidados para pacientes com doença falciforme no RN







Em alusão ao Dia Mundial de Conscientização da Doença Falciforme, celebrado em 19 de junho, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) do Rio Grande do Norte avança na estruturação de uma rede especializada para atendimento a pacientes com a condição. Um grupo de trabalho multidisciplinar está finalizando a Linha de Cuidado à Pessoa com Doença Falciforme, que deve ser implementada em julho, com objetivo de garantir diagnóstico precoce e tratamento integral.

A iniciativa reúne técnicos da Sesap, representantes do Hemonorte (serviço de referência estadual) e da Associação de Pessoas Portadoras de Anemia Falciforme do RN (APPAF-RN). A doença, considerada a condição genética hematológica mais comum no Brasil, provoca alteração nos glóbulos vermelhos – que assumem formato de foice – causando complicações como dores crônicas, anemia grave e risco aumentado de AVC.

Diagnóstico precoce como prioridade
Em 2024, o teste do pezinho – exame que detecta a doença – foi realizado em 27.762 recém-nascidos potiguares pelo SUS. Seis casos apresentaram triagem positiva para hemoglobinopatias, com dois diagnósticos confirmados de doença falciforme. “A identificação nos primeiros dias de vida permite intervenções imediatas, reduzindo complicações e melhorando a qualidade de vida”, explica dra. Giovanna Cavalcanti, coordenadora estadual de Triagem Neonatal.

No RN, o exame é coletado em UBSs e maternidades, com análise no Lacen-RN. Casos positivos são encaminhados ao Serviço de Referência em Triagem Neonatal no Hospital da Polícia ou ao Hemonorte para confirmação diagnóstica. O acompanhamento integra atenção primária e serviços especializados.

Mobilização social
A Sesap reforça a importância do envolvimento coletivo no cuidado aos pacientes:

  • Divulgação de informações qualificadas sobre a doença
  • Participação em campanhas de conscientização
  • Doações de sangue regulares (pacientes frequentemente necessitam de transfusões)
  • Combate ao estigma e promoção da inclusão social

A implementação da nova linha de cuidado representa um avanço na política de saúde para doenças crônicas no estado, com foco na redução de complicações e mortalidade associadas à condição.


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