A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) anunciou, nesta segunda-feira (13), a instalação da sala de situação para monitoramento da dengue e outras arboviroses no Rio Grande do Norte. Composta por representantes de diversas áreas da Sesap, a sala de situação tem o objetivo de reforçar o combate ao mosquito transmissor e contribuir com estratégias intersetoriais de enfrentamento à doença. A iniciativa se soma à criação do Centro de Operações de Emergências (COE), que começa a funcionar na próxima quinta-feira (16).
Durante a primeira reunião, coordenada pela secretária de Saúde Pública, Lyane Ramalho, foi destacado o aumento expressivo de casos registrados no final de 2024. “Estamos antecipando as ações porque a vigilância epidemiológica identificou um crescimento significativo. Esse é o momento em que precisamos, mais uma vez, contar com a colaboração de todos no combate ao mosquito”, afirmou Lyane.
O crescimento mencionado pela secretária é de mais de 180% nos casos prováveis de dengue registrados em dezembro de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. O estado contabilizou mais de 17 mil casos prováveis da doença ao longo do ano passado, com dois óbitos registrados.
A coordenadora de vigilância em saúde, Diana Rêgo, reforçou que a estratégia deste ano visa repetir as ações que deram resultado em 2024. “Estamos focando em 30 municípios prioritários para monitorar de perto a situação, evitando pressão na rede hospitalar e, sobretudo, novos óbitos”, explicou.
A sala de situação terá encontros quinzenais para avaliar o cenário epidemiológico e definir novas medidas de controle. O COE será instalado com o apoio de diversos setores, como segurança pública, educação, meio ambiente e infraestrutura, para garantir ações mais amplas e integradas.
A governadora Fátima Bezerra liderará a implementação do COE e reforçou que a integração entre os setores é fundamental para um combate efetivo à dengue. “Vamos trabalhar de forma conjunta para proteger a população e reduzir o impacto das arboviroses”, destacou.
Com os números em alta e a preocupação com a reintrodução do sorotipo 3 do vírus, que não circula no estado há 17 anos, a Sesap alerta a população sobre a importância de medidas preventivas, como eliminar focos de água parada e manter cuidados básicos de higiene, para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.