Os servidores da saúde pública de Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal, paralisaram suas atividades nesta quarta-feira (11) por 24 horas. A mobilização comprometeu o funcionamento de serviços essenciais em unidades básicas de saúde do município, como vacinação, atendimento ambulatorial e até troca de curativos em pacientes.
O ato, organizado pelo Sindicato dos Servidores da Saúde do RN (Sindsaúde-RN), ocorreu em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Esperança — a única do município. No local, apenas parte da equipe escalada estava em serviço, o que comprometeu o fluxo de atendimento. A paralisação, no entanto, não incluiu os médicos.
Essa é a primeira de uma série de três paralisações anunciadas pela categoria. Os próximos atos estão programados para os dias 18 e 23 de junho. Após a última paralisação, os trabalhadores devem realizar uma nova assembleia para avaliar a possibilidade de greve por tempo indeterminado.
Entre as principais reivindicações dos servidores estão o pagamento de gratificações, progressões de carreira, concessão de licenças para capacitação e reajuste salarial. Segundo o sindicato, esses direitos foram cortados por um decreto da atual prefeita Nilda Cruz (Solidariedade).
Embora a concessão de férias sem remuneração — medida imposta ainda na gestão anterior, de Rosano Taveira (Republicanos) — tenha sido revogada recentemente após pressão da categoria, outras pautas continuam ignoradas, segundo o Sindsaúde.
De acordo com Paulo Martins, diretor do sindicato, os profissionais da saúde estão há seis anos sem qualquer recomposição salarial, enfrentando déficit de pessoal, sobrecarga de trabalho e estruturas precárias nas unidades de saúde. “Apesar de Parnamirim ser a terceira maior cidade do Estado, temos um dos piores salários do RN para os trabalhadores da saúde. Um técnico de enfermagem está ganhando menos de um salário mínimo como salário-base. Isso é inadmissível”, denuncia.
O sindicato afirma que os trabalhadores não aceitarão “a política de desvalorização da gestão municipal” e promete intensificar as mobilizações caso as reivindicações não sejam atendidas.
*Com informações do Agora RN
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