A deputada federal Natália Bonavides (PT) chegou longe na sua empreitada à prefeitura de Natal. A petista no início da campanha era tida como improvável de amealhar um quinto dos votos, o equivalente a 20%. Seu índice de rejeição medido por diferentes institutos de pesquisas apontava que uma ida para o 2º turno era missão praticamente “impossível”, para não dizer impossível mesmo.
A reta final do 1º turno trouxe um crescimento pujante da deputada. Natália conquistou o um quarto do eleitorado petista de Natal, 25%, quase chegando a quase 30% dos votos válidos, teve 28,45%, veja aqui.
Por mais que a direita teime com pesquisas que mostram o deputado federal Paulinho Freire (UB) com dois dígitos de vantagem sobre Bonavides, o direitismo natalense sabe muito bem que a disputa está equilibrada. A “improvável” Natália imprimiu uma corrida contrabalançada, que assustou o prefeito Álvaro Dias (REP) e o senador Rogério Marinho (PL), principais fiadores da postulação de Freire.
A turma de Paulinho usa da mesma estratégia que operacionalizou para desidratar Carlos Eduardo (PSD) no 1º turno, quando o ex-prefeito se viu de fora da 2ª rodada eleitoral porque um substancial contingente de seus eleitores migrou para o deputado.
Seja qual for o resultado do pleito de amanhã, 27, Natália conseguiu criar uma identidade junto ao expressivo eleitorado de esquerda da capital, que estava órfão de uma figura esquerdista catalisadora.