Segundo dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, cerca de 40% dos 3,3 milhões de habitantes potiguares enfrentam condições consideradas inadequadas no que diz respeito ao esgotamento e saneamento adequado.
Dentre os métodos inadequados de esgotamento sanitário utilizados, estão incluídos o uso de buracos, valas, fossas rudimentares e até mesmo o despejo direto em rios, lagos, córregos e no mar.
Embora 99,8% das famílias potiguares possuam banheiro ou sanitário, muitas residências ainda recorrem a fossas rudimentares ou buracos para a disposição dos dejetos, ficando à margem da rede geral de esgotamento sanitário. Em 2022, mais de um milhão de pessoas residiam em cerca de 406,2 mil domicílios que utilizavam esses métodos inadequados, representando um sério problema de saúde pública e ambiental.
O Plano Nacional de Saneamento Básico estabelece critérios para um esgotamento sanitário considerado adequado, tais como rede geral, rede pluvial, fossa ligada à rede e fossa séptica. Porém, o desafio persiste em grande parte do estado, com apenas 11 dos 167 municípios atingindo uma cobertura de esgotamento sanitário superior a 70%.Destacam-se nesse cenário os municípios de Viçosa, com 95,8% de cobertura, e Acari, com 83,9%. Por outro lado, Natal, a capital do estado, ocupa a 35ª posição, com apenas 43,7% da população atendida pela rede de esgotamento. Municípios como Lagoa de Pedras e Rafael Godeiro enfrentam os menores índices, com menos de 0,2% da população atendida pelo mesmo serviço.
O desafio do saneamento básico não se restringe ao esgotamento sanitário. Em relação à coleta de lixo, embora 86,4% da população tenha acesso ao serviço de limpeza domiciliar, ainda há uma parcela significativa que recorre a métodos inadequados de destinação de resíduos, como queima na propriedade ou descarte em terrenos baldios.
Diante desses dados, é evidente a necessidade de investimentos e políticas públicas voltadas para a melhoria do saneamento básico no Rio Grande do Norte, visando garantir não apenas a saúde e qualidade de vida da população, mas também a preservação do meio ambiente para as futuras gerações.
Fonte: Redação
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