O Rio Grande do Norte reforça sua posição como um dos principais polos de energia eólica do Brasil, com 308 parques em operação e 10,3 GW de potência instalada – o equivalente a 30% da produção nacional do setor. A energia gerada pelos ventos potiguares abastece cerca de 5 milhões de residências mensalmente, consolidando o estado como peça-chave na transição energética brasileira.
Expansão para o mar: o primeiro projeto offshore do Brasil
Em junho de 2025, o estado deu um passo histórico ao receber a primeira licença ambiental prévia do Ibama para um parque eólico offshore. O projeto-piloto, liderado pelo Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), será instalado a 20 km da costa de Areia Branca e contará com dois aerogeradores de até 24,5 MW de potência total. A iniciativa, inédita no país, visa testar tecnologias adaptadas às condições brasileiras e impulsionar uma cadeia industrial local especializada em energia marítima.
Impacto econômico e social
A energia eólica já transformou a economia potiguar:
- Investimentos superiores a US$ 40 bilhões no setor
- Municípios com parques eólicos registraram crescimento médio de 40% no PIB
- Projeção de que a energia offshore multiplique por sete a movimentação financeira em comparação com projetos terrestres
Com potencial para gerar dez vezes mais empregos que os parques onshore, a nova fronteira marítima deve impulsionar setores como construção naval, metalurgia e serviços especializados. O Senai-RN prepara a primeira pós-graduação do país em energia eólica offshore, qualificando mão de obra para essa indústria emergente.
Próximos passos
O projeto entra agora na fase de engenharia, com previsão de 18 meses, seguida por mais um ano e meio para instalação. A expectativa é que o parque entre em operação em três anos, marcando o início de uma nova era para a energia renovável brasileira – com o Rio Grande do Norte mais uma vez na vanguarda.
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