O Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Rio Grande do Norte (SINDIPETRO-RN) reuniu-se na última segunda-feira (12) com as deputadas estaduais Isolda Dantas (PT) e Divaneide Basílio (PT) para denunciar o agravamento da crise no setor petrolífero potiguar e apresentar propostas de recuperação.
O encontro destacou demissões em massa, irregularidades trabalhistas e o risco de colapso nas operações privadas após a saída da Petrobras do estado.
Segundo o sindicato, mais de 200 trabalhadores foram demitidos nas últimas semanas em Guamaré, Alto do Rodrigues e plataformas marítimas, com previsão de mais cortes devido à instabilidade financeira das empresas do setor. A Brava Energy, principal operadora no estado, enfrenta atrasos em pagamentos a fornecedores e dificuldades para manter a produção.
O SINDIPETRO-RN também denunciou a falta de pagamento do adicional de periculosidade a funcionários em áreas de risco, como a refinaria Clara Camarão, em Guamaré, violando normas trabalhistas e expondo trabalhadores a condições precárias.
Propostas para recuperação
O sindicato apresentou um plano com seis medidas emergenciais e estratégicas:
- Parceria entre Brava Energy e Petrobras para retomada de investimentos com responsabilidade socioambiental.
- Recompra de concessões pela Petrobras, revertendo parte das privatizações recentes.
- Linha de crédito via BNDES para a Brava, com potencial de gerar 15 mil empregos diretos e indiretos.
- Consórcios com empresas privadas para investir R3aR3aR 5 bilhões em cinco anos.
- Expansão da refinaria Clara Camarão para produção de hidrogênio verde.
- Aceleração da produção no bloco Pitu-Oeste (Margem Equatorial), onde cada poço pode gerar 12 mil barris/dia.
Oportunidades em energias renováveis
O sindicato sugeriu que os mandatos articulem, junto à estatal, a instalação de um projeto onshore de energia solar ou eólica de 1 gigawatt (GW) no RN. A iniciativa poderia atrair de R$ 3 a R$ 5 bilhões em investimentos e gerar 3 a 4 mil empregos durante a construção, além de manter cerca de 500 empregos permanentes após a implantação.
“A saída da Petrobras deixou desemprego e incertezas, mas ainda há soluções”, afirmou nota do sindicato, cobrando ação do governo e do legislativo. “A crise é fruto de decisões equivocadas do passado. É hora de lutar por um futuro melhor para o RN.”
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