O Rio Grande do Norte se consolidou como o estado que mais reduziu homicídios no Brasil em 2023, segundo os dados mais recentes do Atlas da Violência. Entre 2022 e 2023, o estado registrou impressionante queda de 18,8% na taxa de homicídios, passando de 32,5 para 26,4 mortes por 100 mil habitantes – o melhor desempenho entre todas as unidades federativas. Essa redução coloca o RN à frente de estados como Paraná (-15,2%) e Amazonas (-13,4%) no ranking de diminuição da violência letal.

Quando analisado o período de cinco anos entre 2018 e 2023, os números do Rio Grande do Norte se mostram ainda mais expressivos, com redução acumulada de 49,7% na taxa de homicídios. Em números absolutos, essa queda se traduziu em 212 vidas poupadas no último ano, com o total de vítimas caindo de 1.167 em 2022 para 955 em 2023. Outro destaque positivo foi a redução de 24,5% nos homicídios de jovens, a maior queda registrada entre todos os estados brasileiros.

Esse desempenho contrasta com a realidade de outros estados que viram seus índices de violência aumentarem, como Pernambuco (8%), Rio de Janeiro (13,6%) e Amapá, que segue como o estado mais violento do país com taxa de 57,4 homicídios por 100 mil habitantes. Apesar dos avanços, o Rio Grande do Norte ainda mantém taxa 25% superior à média nacional de 21,2 mortes por 100 mil habitantes, indicando que ainda há desafios a superar.

Os pesquisadores atribuem a redução da violência no RN a fatores como o aprimoramento das políticas de segurança pública e mudanças no cenário do crime organizado. No entanto, alertam que o aumento da circulação de armas de fogo no país, impulsionado por mudanças na legislação nos últimos anos, tem representado um obstáculo para reduções ainda mais significativas nos índices de violência em todo o território nacional.

Feminicídios reduziram 12,8% no RN, e Estado teve maior redução no Nordeste

O Rio Grande do Norte registrou uma redução de 12,8% na taxa de homicídios de mulheres entre 2022 e 2023, segundo o Atlas da Violência divulgado nesta segunda-feira (12). A queda contrasta com a média nacional, onde o índice permaneceu estagnado pelo terceiro ano consecutivo em 3,5 mortes para cada 100 mil mulheres.