Quando o corpo pede movimento: vivendo bem com a espondilite anquilosante




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Ícone de crédito Foto: Reviva Studio Pilates




Quando o corpo pede movimento: vivendo bem com a espondilite anquilosante





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A espondilite anquilosante (EA) é uma condição inflamatória crônica que afeta principalmente a coluna vertebral e as articulações sacroilíacas — aquelas que conectam a base da coluna à pelve. Com o tempo, essa inflamação pode levar à rigidez, à dor e, em casos mais avançados, até à fusão das vértebras, o que limita os movimentos e altera a postura.

Apesar do nome complexo, o grande vilão da espondilite é o sedentarismo. A pior coisa para quem tem EA é parar de se mover. O movimento é o remédio mais acessível e eficaz que temos — e é aí que entra a fisioterapia e o Pilates como aliados essenciais no tratamento.

O tratamento da espondilite anquilosante é multidisciplinar. Costuma envolver medicamentos anti-inflamatórios, acompanhamento médico regular, fisioterapia e prática constante de exercícios orientados. O objetivo principal é manter a mobilidade, reduzir a dor e preservar a postura natural da coluna.

No Pilates, trabalhamos muito além do alongamento. Os exercícios são adaptados à limitação de cada pessoa, com foco no fortalecimento dos músculos posturais, na melhora da respiração e na consciência corporal. A cada movimento, o paciente aprende a conhecer melhor seu corpo e a respeitar seus limites — sem deixar de desafiar-se a evoluir.

O Pilates ajuda a manter a coluna mais flexível, ampliar a capacidade respiratória e reduzir o impacto da inflamação sobre as articulações. Além disso, proporciona bem-estar mental, algo essencial em uma doença crônica que exige constância e paciência.

A espondilite anquilosante pode até tentar “imobilizar”, mas o movimento é sempre mais forte. O segredo está em manter-se ativo, buscar acompanhamento especializado e entender que o corpo responde melhor quando é cuidado com atenção e movimento consciente.

Talvez falando assim, você que tem EA não acredite que apenas o exercício possa ser o melhor remédio. Por isso, vou deixar aqui o depoimento de Gabriela (29 anos), uma paciente nossa, que buscou o atendimento recentemente:

Antes de começar o Pilates, eu sentia dores diariamente e precisava tomar muito anti-inflamatório. Tinha dias em que simplesmente não conseguia levantar sem remédio. Já havia tentado entrar na academia algumas vezes, mas sempre acabava tendo crises e não conseguia manter a rotina.

Busquei o Pilates por ser um método conduzido por fisioterapeuta, com um atendimento mais individualizado e voltado para o tratamento da minha condição — a espondilite — com conhecimento e cuidado. Isso fez muita diferença, especialmente porque nem todos os profissionais, sejam instrutores, educadores físicos ou até médicos, conhecem bem a doença.

Depois que comecei o Pilates, meu corpo melhorou bastante. Hoje, tomo remédios com muito menos frequência, apenas em situações específicas, e me sinto com mais disposição. Quando algum exercício causa dor, conseguimos adaptar e trabalhar aquela região com mais atenção.

O Pilates também me possibilitou retomar outras atividades que antes eram difíceis, como jogar vôlei de areia — algo que eu não conseguia por conta do enrijecimento das articulações.

Claro que a doença continua existindo, e as dores ainda aparecem, mas de forma muito mais leve e controlada. Posso dizer que tive um avanço considerável na minha qualidade de vida. O tratamento da espondilite envolve várias frentes — medicamentos, alimentação e exercícios — e, nesse contexto, o Pilates tem sido uma parte importante do processo.”

Diante disso, digo que quem vive com espondilite precisa de movimento — e o Pilates é um convite gentil e eficaz para isso.


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