Logo após a acachapante reeleição de Fátima Bezerra (PT), com quase 60% dos votos válidos, o petismo chegou a acreditar piamente que a governadora viria com força para o pleito seguinte, a municipal de 2024.

Logo no início de seu segundo mandato a governadora enfrentou a grave crise da segurança pública, e desde então, a avaliação negativa da governante segue muito maior do que a positiva, numa aguda crise de popularidade. E a força que a petista teria para chegar em 2024 para bancar palanques do Partido dos Trabalhadores (PT) nos principais colégios eleitorais do estado, simplesmente desapareceu.

O que surpreende é o escárnio com que o PT trata a impopularidade da governadora. A turma aparelhada nos órgãos públicos do Estado vive num mundo à parte, iludida com um governo que se perdeu completamente perante a opinião pública. A sagacidade da Fátima governadora-candidata à reeleição em 2022, deu espaço para a Fátima apartada da leitura da realidade estadual.

Se continuar nessa pegada, o petismo chegará em 2026 sem condições de manter uma candidatura governamental competitiva, com a própria Fátima em apuros para bancar uma campanha senatorial. É bom lembrar que desde a volta das eleições diretas para o governo estadual, em 1982, nenhum governante que afiançou candidatura de seu sucessor conseguiu êxito nas urnas.

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