São Gonçalo do Amarante vive nesta eleição um paralelo interessante com a eleição de 2008. Naquele ano, o então prefeito Jarbas Cavalcanti (no PMDB), concorria à reeleição. Jarbas havia sido eleito em 2004, tendo derrotado Dr. Jaime Calado (à época no PL, hoje no PSD) por uma diferença de apenas 0,3%.
Calado passou os 4 anos da gestão de Jarbas cuidando meticulosamente da organização de seu grupo político. Cavalcanti não conseguiu fazer uma boa gestão, e Dr. Jaime chegou em 2008 como favorito. O resultado foi que Calado derrotou o peemedebista por 27.113 votos (57,64%) contra 18.909 votos (40,20%), na época a maior votação da história de um prefeito eleito.
Neste ano, Dr. Jaime enfrenta um prefeito com reprovação popular, igual Jarbas em 2008, e as projeções dão conta de uma vitória de Calado na casa dos 60% votos, percentual próximo aos 57,64% que amealhou em 2008.
A diferença entre 2008 e 2024 é que o grupo de Dr. Jaime ainda não havia chegado à prefeitura e os são-gonçalenses não conheciam as políticas públicas implementadas pelo agrupamento jaimista, que elevaram os índices sociais e econômicos de São Gonçalo.
A situação de Eraldo consegue ser mais delicada que a de Jarbas porque o petista conduz um desgoverno depois de 4 gestões exitosas, 2 de Calado, e 2 de Paulinho Emídio, com a 2ª tendo sido interrompida por conta de sua morte em maio de 2022.
Dr. Jaime caminha para voltar ao poder municipal com uma votação consagradora, igual ou maior que a de Paulinho em 2020, quando impôs a maior votação em números absolutos da história de um prefeito eleito em São Gonçalo, 31.514 votos.
Há um clima de alívio na cidade que vai aumentando conforme chega o domingo da votação. Os são-gonçalenses não veem a hora de Paiva sair do executivo. Quem quiser conferir na prática é só dar uma passada pelo município para constatar o quanto o petista é rejeitado na cidade que o viu ser ingrato com a família e apoiadores de Dr. Jaime e Paulinho, e ainda fazer chacota com a memória de Paulinho, morto vítima de um câncer.