Professores de Natal acumulam perda de 60% salarial e não recebem reajustes desde 2020; Com Fátima, Governo dobrou salário do magistério 

Ícone de crédito Foto: reprodução/Sinte-RN




Há cinco anos os professores da rede municipal de ensino em Natal não sabem o que é ter aumento em seus contracheques. No período, a prefeitura fez o básico e cumpriu a lei do piso salarial, para que nenhum membro do magistério recebesse abaixo do determinado pelo Ministério da Educação. 

Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte), a defasagem desde 2020 é de 60% nos salários dos professores do município de Natal. 

A diferença quando se compara aos integrantes do magistério na rede estadual de ensino é gigante. Desde 2019, os professores do Estado aumentaram seus salários em 98,25%, de acordo com nota do governo do RN, que leva em consideração os 6,27% oferecidos pela governadora Fátima Bezerra (PT) em 2025. 

Mesmo com a defasagem pela parte da prefeitura de Natal, e os consecutivos reajustes por parte do governo, ironicamente é a rede estadual que está em greve por tempo indeterminado. 

 Os professores da rede estadual de ensino rejeitaram a proposta da governadora Fátima Bezerra de parcelar em duas vezes o reajuste do piso nacional da categoria de 6,27% em 2025.

O Governo sugeriu pagar 3% em abril e 3,27% em dezembro. A categoria aprovou em assembleia a contraproposta de reajuste de 6,27% em março com o retroativo acumulado entre janeiro e fevereiro. 

“Nesse contexto, já foram realizadas diversas reuniões e apresentadas propostas ao Sindicato da categoria com o objetivo de assegurar um reajuste de 6,27%, o que, ao final de 2025, resultará em um ganho acumulado de 98,25% para a categoria, considerando o período de 2019 a 2025. Este reajuste com base na Lei 11.738, a qual instituiu o piso salarial nacional, representa uma conquista histórica para a categoria e o compromisso do governo com a valorização dos educadores”, afirma o governo em nota. 

Em Natal, durante a leitura da mensagem anual do prefeito na Câmara Municipal, o Sinte mobilizou os professores para pressionar o Paulinho Freire (UB) pelo cumprimento do reajuste de 6,27% do piso nacional da categoria, além de cobrar definição de plano para reparar a defasagem salarial de 60%. 

Os professres da rede municipal de Natal chegaram a aprovar em assembleia, no dia 24 de fevereiro, medidas visando a recuperação das perdas salariais. Os encaminhamentos incluíam que o sindicato não deve negociar o pagamento de direitos funcionais antes da implantação do Piso Salarial. Mas até o momento nenhuma medida mais severa foi definida. 

Enquanto isso, os professores da rede estadual estão em greve desde o dia 26 de fevereiro, sem previsão de retorno.


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Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte), a defasagem desde 2020 é de 60% nos salários dos professores do município de Natal. 

A diferença quando se compara aos integrantes do magistério na rede estadual de ensino é gigante. Desde 2019, os professores do Estado aumentaram seus salários em 98,25%, de acordo com nota do governo do RN, que leva em consideração os 6,27% oferecidos pela governadora Fátima Bezerra (PT) em 2025. 

Mesmo com a defasagem pela parte da prefeitura de Natal, e os consecutivos reajustes por parte do governo, ironicamente é a rede estadual que está em greve por tempo indeterminado. 

 Os professores da rede estadual de ensino rejeitaram a proposta da governadora Fátima Bezerra de parcelar em duas vezes o reajuste do piso nacional da categoria de 6,27% em 2025.

O Governo sugeriu pagar 3% em abril e 3,27% em dezembro. A categoria aprovou em assembleia a contraproposta de reajuste de 6,27% em março com o retroativo acumulado entre janeiro e fevereiro. 

“Nesse contexto, já foram realizadas diversas reuniões e apresentadas propostas ao Sindicato da categoria com o objetivo de assegurar um reajuste de 6,27%, o que, ao final de 2025, resultará em um ganho acumulado de 98,25% para a categoria, considerando o período de 2019 a 2025. Este reajuste com base na Lei 11.738, a qual instituiu o piso salarial nacional, representa uma conquista histórica para a categoria e o compromisso do governo com a valorização dos educadores”, afirma o governo em nota. 

Em Natal, durante a leitura da mensagem anual do prefeito na Câmara Municipal, o Sinte mobilizou os professores para pressionar o Paulinho Freire (UB) pelo cumprimento do reajuste de 6,27% do piso nacional da categoria, além de cobrar definição de plano para reparar a defasagem salarial de 60%. 

Os professres da rede municipal de Natal chegaram a aprovar em assembleia, no dia 24 de fevereiro, medidas visando a recuperação das perdas salariais. Os encaminhamentos incluíam que o sindicato não deve negociar o pagamento de direitos funcionais antes da implantação do Piso Salarial. Mas até o momento nenhuma medida mais severa foi definida. 

Enquanto isso, os professores da rede estadual estão em greve desde o dia 26 de fevereiro, sem previsão de retorno.

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