A Secretaria Municipal de Educação de Natal, por meio do Departamento de Ensino Fundamental (DEF), promoveu, na manhã desta sexta-feira (13), uma formação continuada voltada para os professores de História e Geografia com o tema “Rastros do Autoritarismo no Rio Grande do Norte (1964 a 1985): Os Governos Militares na Sala de Aula”. A formação ocorreu no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).
A assessora pedagógica do DEF, Mariana Vasconcelos destacou a importância das formações continuadas, enfatizando que elas permitem aos educadores dialogar sobre diversos temas e trocar experiências. “Essa troca de olhares enriquece a prática em sala de aula. Os professores conseguem levar novos elementos e ideias para as práticas pedagógicas, o que é fundamental para o nosso desenvolvimento profissional”, afirmou.
O professor de História e um dos palestrantes do encontro, João Maria Fraga, abordou a necessidade de problematizar as fontes históricas, propondo uma sala de aula que estimule o protagonismo dos estudantes. “É essencial que os alunos leiam, reflitam e debatam. Devemos sair da aula tradicional e utilizar recursos como músicas e filmes para discutir temas como a ausência de liberdade durante a ditadura militar”, sugeriu. Ele mencionou como utiliza canções de artistas como Caetano Veloso e Chico Buarque para abordar questões como a anistia e a abertura política.
João Maria Fraga também alertou sobre a responsabilidade do professor em apresentar narrativas históricas corretas. “Há pessoas que negam eventos como o Holocausto. O professor de História deve ter coragem para levar à sala de aula as evidências históricas e promover debates informados”, enfatizou.
O professor de História Jerônimo Viana, da Escola Municipal Prefeito Mário Eugênio Lira, reforçou a relevância da formação continuada para os educadores da rede. “Essas formações espelham nosso dia a dia, organizando nosso pensamento e ação. Elas nos ajudam a fazer o melhor por nossos estudantes”, concluiu.
A formação se mostrou um espaço valioso para reflexão e troca de conhecimentos, contribuindo para uma educação mais crítica e consciente sobre o passado autoritário do Brasil.
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