O mês de outubro é conhecido como o mês na luta contra o câncer de mama, com campanhas de conscientização e prevenção em todo o país. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), até 2025, o Brasil deverá registrar cerca de 74 mil novos casos da doença, sendo que na região Nordeste, a cada 100 mil mulheres, 52,20 são diagnosticadas com câncer de mama.
Para ajudar a combater essa realidade e promover a saúde da mulher, diversas instituições em Natal oferecem mamografias gratuitas durante o mês de outubro.
Maternidade Escola Januário Cicco
A Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC-UFRN) realizará um mutirão no dia 15 de outubro, destinado a mulheres com mais de 40 anos residentes em todo o Estado do Rio Grande do Norte. O evento visa realizar cerca de 200 atendimentos, que podem ser agendados pelo WhatsApp a partir de terça-feira (1º) pelo número (84) 9.9932-1315.
Além dos exames, a maternidade promoverá ações educativas sobre o câncer de mama, abordando estratégias de identificação da doença e orientações sobre o autocuidado. Para participar, as pacientes devem levar os seguintes documentos: RG, CPF, Cartão do SUS, comprovante de endereço e, se disponíveis, exames anteriores de mamografia e ultrassonografia mamária.
Sesc
O Serviço Social do Comércio (Sesc) também contribuirá com a causa, oferecendo um total de 1.600 exames, divididos entre 800 mamografias para mulheres de 50 a 69 anos e 800 exames preventivos para mulheres de 25 a 64 anos. O agendamento dos exames pode ser feito pelo WhatsApp no número (84) 3133 0360 ou presencialmente nas unidades do Sesc, localizadas na Cidade Alta e na Zona Norte, das 9h às 12h e das 13h às 16h, enquanto houver vagas.
Durante todo o mês de outubro, a Unidade Móvel do Sesc Saúde Mulher estará estacionada na Rua da Conceição, Cidade Alta, ao lado da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), funcionando de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 12h às 17h. As mulheres devem apresentar RG, CPF, Cartão SUS e comprovante de residência para serem atendidas.
A importância do exame de mama na detecção precoce do câncer de mama
O câncer de mama é uma das doenças que mais impactam a saúde das mulheres em todo o mundo, sendo a principal causa de morte por câncer entre elas. Diante dessa realidade alarmante, a realização do exame de mama se torna uma medida de detecção precoce da doença, aumentando as chances de tratamento eficaz e recuperação.
A mamografia, um dos principais exames para o rastreamento do câncer de mama, é capaz de identificar alterações nos tecidos mamários antes que sintomas ou nódulos se tornem palpáveis. Especialistas recomendam que mulheres a partir dos 40 anos realizem mamografias anualmente, enquanto aquelas com histórico familiar da doença devem iniciar o rastreamento mais cedo, conforme orientação médica.
O mastologista e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia no Rio Grande do Norte, Dr. Jair Cavalcante, ressalta que a detecção precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. “Cerca de 13% dos casos de câncer de mama detectados anualmente no Brasil poderiam ser evitados com a redução de fatores de risco relacionados ao estilo de vida, especialmente a inatividade física”, afirma.
Além da mamografia, o autocuidado e a conscientização são componentes essenciais na luta contra o câncer de mama. As mulheres são incentivadas a se familiarizarem com a própria anatomia e a realizarem autoexames, que podem ajudar a identificar alterações precoces. Essa prática, aliada a exames regulares, é uma estratégia eficaz na prevenção e detecção da doença.
Durante o mês de outubro, dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, diversas iniciativas e campanhas de saúde são realizadas em todo o país. Entre elas, mutirões para a realização de mamografias gratuitas e palestras educativas sobre a importância da detecção precoce.
O investimento em ações de promoção da saúde e de prevenção é essencial. Dr. Cavalcante destaca que “os recursos gastos no tratamento do câncer de mama poderiam ser investidos em ações de prevenção primária e no diagnóstico precoce, reduzindo não apenas a mortalidade, mas também o custo social da doença”.