Fabiano Silva dos Santos, presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, formalizou seu pedido de demissão ao Palácio do Planalto, antecipando o fim de seu mandato, previsto para agosto. A decisão ocorre em meio a pressões internas, prejuízos financeiros históricos e divergências com o governo sobre o futuro da estatal.
Segundo reportagem do Folha de S.Paulo, Santos enfrentava atritos com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, principalmente sobre um plano de reestruturação que poderia levar ao fechamento de agências e à demissão de até 10 mil funcionários – hipótese negada pela pasta. Além disso, os Correios acumularam perdas de R$ 2,6 bilhões em 2024 e R$ 1,72 bilhão apenas no primeiro semestre de 2025, um aumento de 115% em relação ao mesmo período do ano passado.
A expectativa é que a União Brasil, partido que comanda o Ministério das Comunicações, indique o sucessor. A legenda, liderada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), busca ampliar sua influência na administração federal. A saída de Santos segue a demissão, em fevereiro, da ex-diretora financeira Maria do Carmo Lara Perpétuo, ex-prefeita de Betim (MG), após o prejuízo recorde de 2024.
O Planalto ainda não se pronunciou oficialmente sobre o substituto, mas a transição deve ser anunciada nos próximos dias.
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