O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, encaminhou à Corregedoria da Casa pedidos de afastamento por até seis meses de 15 parlamentares – 14 da oposição e uma da situação – envolvidos nos recentes protestos que interromperam os trabalhos legislativos. A decisão foi tomada após reunião da Mesa Diretora nesta sexta-feira (8) e ainda precisa ser avaliada pelo Conselho de Ética.
Entre os deputados citados, a maioria é do Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, e do Novo. Eles são acusados de ocupar a Mesa Diretora e obstruir a retomada dos trabalhos. Já a deputada Camila Jara (PT-MS) enfrenta acusações de agressão contra Nikolas Ferreira (PL-MG), embora sua assessoria alegue ter sido apenas um “empurra-empurra” durante a confusão.
Os casos serão analisados individualmente pela Corregedoria, que examinará as imagens dos incidentes antes de encaminhar os processos ao Conselho de Ética para deliberação final. Enquanto isso, líderes partidários já se manifestaram, com o PT pedindo abertura de processo contra cinco parlamentares da oposição e os oposicionistas solicitando medidas contra a deputada governista.
A decisão ocorre após dois dias de tensão no Congresso, quando parlamentares protestaram contra decisões judiciais relacionadas a investigações sobre o ex-presidente Bolsonaro. O episódio reacendeu o debate sobre os limites da atuação parlamentar e a preservação da ordem institucional.
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