Foi aberta a sétima edição dos Jogos Parapanamericanos, também conhecidos como Parapan, e que acontece, tradicionalmente, logo após o Pan, a cada quatro anos. Esta edição está sendo em Santiago do Chile e o Rio Grande do Norte está muito bem representado, com mais de dez atletas, inclusive uma da região do Potengi!
Praticamente todos os atletas já têm um histórico de premiação. Iuri Tauan, que pratica bocha, tem paralisia cerebral e já ganhou diversas medalhas, em especial na Copa do Mundo no Rio em 2022 e na Copa do Mundo em Portugal, no mesmo ano. Romário Diego Marques, da modalidade goalball, tem deficiência visual e já é tricampeão do Parapan (Guadalaraja 2011, Toronto-2015 e Lima-2019). Cecília Kethlen Araújo nos representa na natação. Também com paralisia cerebral, ela já tem mais de dez títulos internacionais, prata nas Paralimpíadas de Tóquio-2020 e bronze no Parana de Toronto-2015.
Alguns esportes contam com mais de um representante potiguar. É o caso do judô, que conta com Arthur Cavalcante (deficiente visual, ouro no Panamericano de Judô do Canadá-2022 e prata no Parapan de Lima-2019) e Rosicleide de Andrade (deficiente visual, também ouro no Panamericano de Judô do Canadá-2022); do taekwondo, que tem Cícero Nascimento (que perdeu os movimentos no braço direito devido a um acidente de moto e foi prata na Pan-Am Series no Brasil em 2022) e Christiane Neves (também com o braço direito amputado devido a um acidente, prata no Parapan de Lima-2019); e do halterofilismo, no qual representam os potiguares os atletas João Maria França Jr. (nasceu com artrogripose, o que comprometeu o movimento das suas pernas, e já foi ouro no Parapan de Lima-2019) e Maria Rizonaide, que tem nanismo e , com 41 anos, é a mais experiente do grupo (foi ouro na Copa do Mundo de Dubai 2022 e ouro no Parapan de Lima-2019).
No atletismo, o RN se destaca com mais atletas
É o atletismo que lidera a lista de modalidades com representantes do RN. Duas delas são a Jardênia Félix da Silva, que tem deficiência intelectual e já venceu o bronze em Tóquio-2020 e a Thalita Vitória, deficiente visual, que também recebeu variados prêmios tanto nas Paralimpíadas de Tóquio-2020 como no Mundial Paris-2023, além de já ter sido prata no Parapan de Toronto-2015.
A terceira representante do atletismo recebe uma torcida especial do povo de nossa região. Isso porque Maria Clara Augusto da Silva é natural de São Paulo do Potengi! Com uma má formação congênita no braço esquerdo, ela conheceu o esporte após ser convidada para a seletiva das Paralimpíadas Escolares. Maria Clara já pratica atletismo desde os 11 anos, e entre seu currículo de conquistas internacionais estão o bronze nos 400m do Mundial de Paris-2023, a prata nos 200m do Mundial de Jovens de Atletismo que aconteceu em Nottwill-2019 e o ouro nos 100m no Aberto Internacional de Atletismo e também no Mundial de Nottwill-2019, desta vez nas modalidades de salto em distância e revezamento. Com apenas 19 anos, Maria Clara é a caçula da delegação de potiguares neste Parapan!
Fica a nossa torcida por um grande desempenho de nossos atletas!