Por que a educação do Rio Grande do Norte se tornou a pior do Brasil?
A vitória de Fátima Bezerra (PT), em 2018, consagrou-a governadora do RN com mais de um milhão de votos, e pareceu o prenúncio de novos tempos para o estado — ao menos na área em que ela se destacara, a educação.
As grandes esperanças em Fátima não surgiram por acaso: em seus mandatos como deputada federal e senadora, ela foi personagem decisiva na expansão da rede federal de educação tecnológica, contribuindo para que o RN viesse a ter mais de vinte unidades dos recém-criados Institutos Federais (IFs).
Também sua defesa da lei do piso para o magistério alimentou em muitos potiguares a esperança de que, finalmente, a educação seria bem tratada pelo governo local.
Após as expectativas geradas e as muitas promessas feitas, contudo, Fátima Bezerra chega a seu 6º ano de governo colecionando feitos negativos na educação.
A infraestrutura das escolas estaduais se encontra degradada. Exemplo disso é a escola Lígia Navarro, em Extremoz (ver reportagem na página 14).
Redução no número de vagas, altos índices de reprovação e evasão escolar e o status de pior educação básica do Brasil completam o quadro de uma gestão que, a cada semana, anuncia novos e mirabolantes planos para a educação, sem conseguir entregar nada que se possa comemorar.
O Potengi quis entender essa situação e produziu uma série especial de reportagens que esclarecem por que a educação do Rio Grande do Norte se tornou a pior do Brasil? Leia as reportagens nos links abaixo.
O Rio Grande do Norte virou destaque nacional com a vergonhosa posição de pior educação do Brasil no ranking do Ideb. E, embora a pandemia iniciada em 2020 tenha afetado a educação em todo o país, os números mostram que o RN se destacou negativamente.
RN: estado campeão em atraso escolar
A rede estadual de ensino do RN detém o pior índice de atraso escolar do ensino médio brasileiro. 44,5 em cada 100 estudantes de nossas escolas estaduais estão atrasados em 2 anos ou mais.
IERNs: Tão distante das promessas
Em julho de 2021! Foi quando a governadora Fátima Bezerra (PT) anunciou com pompa, em suas redes sociais, a criação de 12 unidades do Instituto Educacional do Rio Grande do Norte (IERNs). Na postagem, Fátima prometeu entregar as escolas até o fim de 2022, ano em que viria a concorrer pela reeleição, saindo vitoriosa já no 1º turno. Contudo, 2022 passou e, um ano e quatro meses depois, nenhum dos IERNs foi entregue.
Estudantes do RN têm aprendizado abaixo da média
No ensino fundamental, nosso estado ficou em penúltimo lugar em nível de proficiência em Matemática, situando-se acima apenas de Sergipe. O nível de proficiência em Língua Portuguesa é um pouco melhor, mas nada que seja digno de orgulho: tivemos a 5ª pior média.
Desde o primeiro ano do governo Fátima, houve uma perda de mais de 11 mil alunos no ensino fundamental: em 2019, eram 92.900, ao passo que em 2023 o total caiu para 81.411. Se somarmos a isso o número de matriculados no ensino médio, a coisa piora (de novo). De 216.206 alunos que estavam matriculados na rede estadual de ensino em 2019, caímos para 199.483 quatro anos depois.
Nem a mais tradicional escola estadual escapa: o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta (SINSP) denunciou, diante do último Censo Escolar, que o Colégio Estadual do Atheneu Norte- Riograndense, segunda escola mais antiga em atividade no país, encontra-se na melancólica iminência de fechar as portas.
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