Polícia Federal indicia Ministro das Comunicações por desvio de verbas federais



Jucelino Filho ao microfone Foto: Reprodução Jucelino Filho ao microfone Foto: Reprodução




A Polícia Federal (PF) concluiu as investigações sobre o desvio de verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e indiciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. O ministro é acusado de supostos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O relatório da investigação foi entregue ao gabinete do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 11 de junho. Agora, cabe ao ministro encaminhar os autos para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá sobre uma eventual denúncia ou a necessidade de novas diligências.

Operação Benesse e Envolvimento de Familiares

O indiciamento de Juscelino Filho ocorre no contexto da Operação Benesse, a fase ostensiva da investigação iniciada em setembro de 2023. Naquela ocasião, a PF investigou a irmã de Juscelino, Luanna Rezende, prefeita afastada de Vitorino Freire (MA). A Polícia Federal solicitou buscas contra Juscelino Filho ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, mas o pedido foi negado.

Em janeiro de 2023, o jornal Estadão revelou que Juscelino Filho direcionou R$ 5 milhões do orçamento secreto para a prefeitura de Vitorino Freire. Esses recursos foram destinados ao asfaltamento de uma estrada de terra que passa em frente à sua fazenda no município maranhense. Os fundos foram repassados à prefeitura a pedido de Juscelino durante seu mandato como deputado federal pelo União Brasil, beneficiando diretamente sua irmã.

Irregularidades e Auditoria na Codevasf

A Codevasf, sob influência do Centrão, foi responsável pela operacionalização da distribuição de verbas do orçamento secreto. Pelo menos quatro empresas de amigos, ex-assessoras e uma cunhada do ministro receberam mais de R$ 36 milhões em contratos com a prefeitura de Vitorino Freire.

Uma auditoria interna da Codevasf, realizada em maio, concluiu que houve irregularidades em obras na cidade, financiadas com recursos indicados por Juscelino Filho. A auditoria analisou dois contratos totalizando R$ 8,988 milhões, que incluíam a estrada de acesso à fazenda do ministro e outras ruas de Vitorino Freire. A análise também constatou pagamentos indevidos a empresas contratadas para essas obras.

Próximos Passos

Com a finalização do inquérito pela PF e o indiciamento de Juscelino Filho, o processo segue para a PGR, que poderá apresentar uma denúncia formal contra o ministro ou solicitar novas investigações. Este caso destaca a contínua fiscalização e combate à corrupção envolvendo altos escalões do governo e a administração de recursos públicos.

Fonte: Estadão Conteudo


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O relatório da investigação foi entregue ao gabinete do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 11 de junho. Agora, cabe ao ministro encaminhar os autos para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá sobre uma eventual denúncia ou a necessidade de novas diligências.

Operação Benesse e Envolvimento de Familiares

O indiciamento de Juscelino Filho ocorre no contexto da Operação Benesse, a fase ostensiva da investigação iniciada em setembro de 2023. Naquela ocasião, a PF investigou a irmã de Juscelino, Luanna Rezende, prefeita afastada de Vitorino Freire (MA). A Polícia Federal solicitou buscas contra Juscelino Filho ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, mas o pedido foi negado.

Em janeiro de 2023, o jornal Estadão revelou que Juscelino Filho direcionou R$ 5 milhões do orçamento secreto para a prefeitura de Vitorino Freire. Esses recursos foram destinados ao asfaltamento de uma estrada de terra que passa em frente à sua fazenda no município maranhense. Os fundos foram repassados à prefeitura a pedido de Juscelino durante seu mandato como deputado federal pelo União Brasil, beneficiando diretamente sua irmã.

Irregularidades e Auditoria na Codevasf

A Codevasf, sob influência do Centrão, foi responsável pela operacionalização da distribuição de verbas do orçamento secreto. Pelo menos quatro empresas de amigos, ex-assessoras e uma cunhada do ministro receberam mais de R$ 36 milhões em contratos com a prefeitura de Vitorino Freire.

Uma auditoria interna da Codevasf, realizada em maio, concluiu que houve irregularidades em obras na cidade, financiadas com recursos indicados por Juscelino Filho. A auditoria analisou dois contratos totalizando R$ 8,988 milhões, que incluíam a estrada de acesso à fazenda do ministro e outras ruas de Vitorino Freire. A análise também constatou pagamentos indevidos a empresas contratadas para essas obras.

Próximos Passos

Com a finalização do inquérito pela PF e o indiciamento de Juscelino Filho, o processo segue para a PGR, que poderá apresentar uma denúncia formal contra o ministro ou solicitar novas investigações. Este caso destaca a contínua fiscalização e combate à corrupção envolvendo altos escalões do governo e a administração de recursos públicos.

Fonte: Estadão Conteudo




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