A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou, nesta semana, a Operação Fake Broker, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa especializada em estelionato qualificado por meio eletrônico, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O grupo atuava em diversos estados do país e utilizava plataformas digitais para aplicar golpes envolvendo a falsa venda de veículos.
As investigações, conduzidas pela Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD), tiveram início após a denúncia de uma vítima que caiu em um golpe ao tentar comprar um automóvel por meio de uma plataforma de e-commerce. Segundo a Polícia, o grupo utilizava anúncios reais de veículos, que eram clonados e republicados com valores abaixo do mercado, a fim de atrair compradores desavisados.
Após o primeiro contato, os criminosos mantinham comunicação com as vítimas por aplicativos de mensagens, apresentando documentação falsificada e comprovantes adulterados para dar credibilidade à negociação. Com isso, as vítimas acabavam realizando transferências bancárias para contas controladas pelo grupo, que agia de forma coordenada para dificultar o rastreamento dos valores, caracterizando a prática de lavagem de dinheiro.
Apesar do prejuízo inicialmente identificado ser de R$ 50 mil, o aprofundamento das investigações revelou que um dos investigados movimentou mais de R$ 2 milhões, enquanto outro chegou a R$ 1 milhão, em um curto período de tempo, evidenciando a alta capacidade de fraude da organização criminosa.
A operação resultou no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão – seis no estado do Mato Grosso e um em Joinville (SC) – e quatro mandados de prisão. A ação contou com o apoio da Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) da Polícia Civil do Mato Grosso (PCMT) e da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática da Diretoria Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil de Santa Catarina (DRCI/DEIC-PCSC).
Durante o cumprimento das ordens judiciais, a Polícia apreendeu mais de 20 cartões bancários, que, segundo os investigadores, eram utilizados para pulverizar os valores obtidos ilicitamente, dificultando o rastreamento e favorecendo a lavagem de dinheiro.
Denúncias podem ser feitas de forma anônima através do Disque-Denúncia 181.
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