Pobreza cai no RN, mas ainda é realidade para praticamente metade da população



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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (6) a Síntese dos Indicadores Sociais, que traz alguns dados de muita relevância sobre a condição em que se encontra a população. Nela, percebemos que o percentual de pessoas em extrema pobreza, no Rio Grande do Norte, caiu para 9,4% em 2022, após alcançar 14,9% em 2021. Já a proporção de pessoas em situação de pobreza, caiu de 50,9% em 2021 para 44,2% em 2022.

Em termos de contingente, em 2022, havia 33,7 mil pessoas na extrema pobreza e 1,6 milhões na pobreza. É bom reforçar que são considerados dentro do arco de pobreza aqueles que vivem com menos de R$ 637,00 por mês. Já a extrema pobreza se refere a quem precisa viver com menos de R$ 200,00 por mês.

No Brasil, o percentual de pessoas em extrema pobreza caiu para 5,9% em 2022, após alcançar 9,0% em 2021. Já a proporção de pessoas em situação de pobreza caiu de 36,7% em 2021 para 31,6% em 2022. Em termos de contingente, em 2022, havia 12,7 milhões de pessoas na extrema pobreza e 67,8 milhões na pobreza, com queda de cerca de 6,5 e 10,2 milhões de pessoas, respectivamente, nessas situações de um ano para o outro.

A queda na desigualdade medida pelo Gini ainda é tímida

O índice de Gini do rendimento domiciliar per capita no RN foi de 0,526 em 2022, recuando em relação a 2021 (0,587). Isso porque o rendimento médio domiciliar per capita de 2022 no Rio Grande do Norte foi de R$ 1.235 para o total da população potiguar, valor que é um pouco acima da região Nordeste (R$ 1.011,00), embora ainda esteja abaixo da média nacional (R$ 1.586,00). Isso configura um avanço de apenas 1% em relação ao ano anterior. Esse número de 0,526 no Índice de Gini indica redução tímida na desigualdade, uma vez que nesse indicador, quanto mais próximo do número 1, maior é a desigualdade.

Entre alguns segmentos historicamente estigmatizados, porém, houve melhorias sensíveis. Entre as mulheres pretas ou pardas, o rendimento médio saiu de R$ 907,00 em 2021 para R$ 1.017,00 em 2022. Infelizmente, isso não se estendeu para o dos homens pretos, que caiu 10%, saindo de R$ 1.207,00 em 2021 para R$ 1.091,00 em 2022.

Do relatório do IBGE podemos concluir que 72,5% da população potiguar em 2022 vivia com até o valor de 1 salário-mínimo per capita mensal. Os empregados com carteira assinada no RN ganharam, em 2022, uma média de R$ 1.691,00, enquanto os que não tinham carteira assinada receberam R$ 1.304,00.


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Em termos de contingente, em 2022, havia 33,7 mil pessoas na extrema pobreza e 1,6 milhões na pobreza. É bom reforçar que são considerados dentro do arco de pobreza aqueles que vivem com menos de R$ 637,00 por mês. Já a extrema pobreza se refere a quem precisa viver com menos de R$ 200,00 por mês.

No Brasil, o percentual de pessoas em extrema pobreza caiu para 5,9% em 2022, após alcançar 9,0% em 2021. Já a proporção de pessoas em situação de pobreza caiu de 36,7% em 2021 para 31,6% em 2022. Em termos de contingente, em 2022, havia 12,7 milhões de pessoas na extrema pobreza e 67,8 milhões na pobreza, com queda de cerca de 6,5 e 10,2 milhões de pessoas, respectivamente, nessas situações de um ano para o outro.

A queda na desigualdade medida pelo Gini ainda é tímida

O índice de Gini do rendimento domiciliar per capita no RN foi de 0,526 em 2022, recuando em relação a 2021 (0,587). Isso porque o rendimento médio domiciliar per capita de 2022 no Rio Grande do Norte foi de R$ 1.235 para o total da população potiguar, valor que é um pouco acima da região Nordeste (R$ 1.011,00), embora ainda esteja abaixo da média nacional (R$ 1.586,00). Isso configura um avanço de apenas 1% em relação ao ano anterior. Esse número de 0,526 no Índice de Gini indica redução tímida na desigualdade, uma vez que nesse indicador, quanto mais próximo do número 1, maior é a desigualdade.

Entre alguns segmentos historicamente estigmatizados, porém, houve melhorias sensíveis. Entre as mulheres pretas ou pardas, o rendimento médio saiu de R$ 907,00 em 2021 para R$ 1.017,00 em 2022. Infelizmente, isso não se estendeu para o dos homens pretos, que caiu 10%, saindo de R$ 1.207,00 em 2021 para R$ 1.091,00 em 2022.

Do relatório do IBGE podemos concluir que 72,5% da população potiguar em 2022 vivia com até o valor de 1 salário-mínimo per capita mensal. Os empregados com carteira assinada no RN ganharam, em 2022, uma média de R$ 1.691,00, enquanto os que não tinham carteira assinada receberam R$ 1.304,00.




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