Petrobras encontra petróleo ultraprofundo no Rio Grande do Norte



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Petrobras descobriu uma acumulação de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar, no poço exploratório Anhangá, na margem equatorial brasileira, que fica localizada entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte. A empresa informou a descoberta nesta terça-feira (9).

A margem equatorial se estende por mais de 2.200 km ao longo da costa entre o Rio Grande do Norte e o Oiapoque, no Amapá. A região é considerada a mais nova fronteira exploratória brasileira em águas profundas e ultraprofundas, e já foi chamada de “novo pré-sal”.

Para ambientalistas, no entanto, a atividade petrolífera na região pode resultar em prováveis tragédias ambientais, o que afetaria diretamente o território amazônico. Além da Bacia Potiguar, nela estão inseridas as bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, de Barreirinhas e do Ceará.

De acordo com a Petrobras, a acumulação de petróleo descoberta foi encontrada em uma profundidade de água de 2.196 metros. O poço Anhangá está situado próximo à divisa entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte – ele fica a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal.

Esta é a segunda descoberta na Bacia Potiguar em 2024. Em janeiro, a companhia divulgou que encontrou hidrocarboneto no Poço Pitu Oeste, a cerca de 24 km do poço Anhangá.

O anúncio da descoberta ocorre em meio a discussões sobre a permanência de Jean Paul Prates na presidência da Petrobras. O cenário de incerteza ganhou força após desentendimentos entre ele e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, envolvendo temas como a distribuição de dividendos extraordinários da petroleira.

Após conversas nesta segunda-feira entre Lula (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no entanto, a avaliação de fontes do governo é que a permanência de Prates ganhou força.

Descoberta na margem equatorial

De acordo com a Petrobras, as descobertas ainda “merecem avaliações complementares”. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões e detém 100% de participação. A empresa informou que durante a perfuração desses poços, não houve nenhum incidente com trabalhadores ou com o meio ambiente.

Segundo Ildo Sauer, professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), a descoberta na Bacia Potiguar reforça a expectativa em torno do potencial da margem equatorial, que já tinha confirmações em áreas da Guiana e do Suriname, mas é preciso aprofundar os estudos.

“Ainda é necessária a avaliação da acumulação e da economicidade, e, para isso, é preciso concluir os trabalhos exploratórios”.

Além das atividades na margem equatorial brasileira, a companhia adquiriu, em 2023, novos blocos na Bacia de Pelotas, no Sul do Brasil, e participações em três blocos exploratórios em São Tomé e Príncipe, país da costa oeste da África.

A companhia informou que pretende investir US$ 7,5 bilhões em exploração até 2028, sendo US$ 3,1 bilhões na margem equatorial. A previsão da Petrobras é que 50 novos poços exploratórios sejam perfurados neste período, sendo 16 na região da margem equatorial.




O Potengi

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Petrobras encontra petróleo ultraprofundo no Rio Grande do Norte







Petrobras descobriu uma acumulação de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar, no poço exploratório Anhangá, na margem equatorial brasileira, que fica localizada entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte. A empresa informou a descoberta nesta terça-feira (9).

A margem equatorial se estende por mais de 2.200 km ao longo da costa entre o Rio Grande do Norte e o Oiapoque, no Amapá. A região é considerada a mais nova fronteira exploratória brasileira em águas profundas e ultraprofundas, e já foi chamada de “novo pré-sal”.

Para ambientalistas, no entanto, a atividade petrolífera na região pode resultar em prováveis tragédias ambientais, o que afetaria diretamente o território amazônico. Além da Bacia Potiguar, nela estão inseridas as bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, de Barreirinhas e do Ceará.

De acordo com a Petrobras, a acumulação de petróleo descoberta foi encontrada em uma profundidade de água de 2.196 metros. O poço Anhangá está situado próximo à divisa entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte – ele fica a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal.

Esta é a segunda descoberta na Bacia Potiguar em 2024. Em janeiro, a companhia divulgou que encontrou hidrocarboneto no Poço Pitu Oeste, a cerca de 24 km do poço Anhangá.

O anúncio da descoberta ocorre em meio a discussões sobre a permanência de Jean Paul Prates na presidência da Petrobras. O cenário de incerteza ganhou força após desentendimentos entre ele e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, envolvendo temas como a distribuição de dividendos extraordinários da petroleira.

Após conversas nesta segunda-feira entre Lula (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no entanto, a avaliação de fontes do governo é que a permanência de Prates ganhou força.

Descoberta na margem equatorial

De acordo com a Petrobras, as descobertas ainda “merecem avaliações complementares”. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões e detém 100% de participação. A empresa informou que durante a perfuração desses poços, não houve nenhum incidente com trabalhadores ou com o meio ambiente.

Segundo Ildo Sauer, professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), a descoberta na Bacia Potiguar reforça a expectativa em torno do potencial da margem equatorial, que já tinha confirmações em áreas da Guiana e do Suriname, mas é preciso aprofundar os estudos.

“Ainda é necessária a avaliação da acumulação e da economicidade, e, para isso, é preciso concluir os trabalhos exploratórios”.

Além das atividades na margem equatorial brasileira, a companhia adquiriu, em 2023, novos blocos na Bacia de Pelotas, no Sul do Brasil, e participações em três blocos exploratórios em São Tomé e Príncipe, país da costa oeste da África.

A companhia informou que pretende investir US$ 7,5 bilhões em exploração até 2028, sendo US$ 3,1 bilhões na margem equatorial. A previsão da Petrobras é que 50 novos poços exploratórios sejam perfurados neste período, sendo 16 na região da margem equatorial.


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