Petismo errou ao apostar na manutenção da polarização







O presidente Lula da Silva (PT), com queda na popularidade constatada em diversas pesquisas, errou ao querer manter a polarização do pleito presidencial de 2022.

Eleito com uma estreita maioria de quase 51% dos votos válidos, a permanência efusiva da polarização já se mostrava dum alto risco. E agora, se comprova que a aposta nessa estratégia foi um grave erro de cálculo político.

A esquerda não sabe manusear as plataformas digitais, que são usadas com maestria pela direita, conectada como ninguém na pegada digital.

O cenário econômico é bom, a inflação está controlada, apesar de seu peso ser sentido com força pelas classes baixas, haja vista que a inflação dos alimentos está alta.

O presidente empreendeu uma série de medidas econômicas e sociais, como a reformulação do bolsa família, o aumento da faixa de isenção do imposto de renda e o programa desenrola Brasil, mas nada disso serviu para colher os louros na popularidade presidencial.

De nada adianta executar boas políticas se elas não forem transformadas em discursos e estratégias nas plataformas digitais.

Mesmo não estando no comandado de Brasília, o bolsonarismo continua robusto nas redes sociais, dando de lavada na esquerda.

As fake news criadas pela extrema-direita não são rebatidas com destreza pelo petismo, que vai acumulando uma pilha de pechas que atentam contra a imagem da agremiação.

O petismo precisa distender a polarização e procurar apoio em segmentos importantes que formam a base política do bolsonarismo, como os evangélicos e a miríade de trabalhadores informais e uberizados. Para tanto, precisará fazer concessões a esses grupos que vão de encontro a mentalidade político-ideológico que domina a legenda.

O Partido dos Trabalhadores (PT) e seus aliados de centro perigam perderem importantes colégios eleitorais nas eleições municipais de outubro. Está faltando tino na compreensão do Brasil real e da mudança de comportamento social gerada pelo deslocamento da política para o mundo digital.


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Eleito com uma estreita maioria de quase 51% dos votos válidos, a permanência efusiva da polarização já se mostrava dum alto risco. E agora, se comprova que a aposta nessa estratégia foi um grave erro de cálculo político.

A esquerda não sabe manusear as plataformas digitais, que são usadas com maestria pela direita, conectada como ninguém na pegada digital.

O cenário econômico é bom, a inflação está controlada, apesar de seu peso ser sentido com força pelas classes baixas, haja vista que a inflação dos alimentos está alta.

O presidente empreendeu uma série de medidas econômicas e sociais, como a reformulação do bolsa família, o aumento da faixa de isenção do imposto de renda e o programa desenrola Brasil, mas nada disso serviu para colher os louros na popularidade presidencial.

De nada adianta executar boas políticas se elas não forem transformadas em discursos e estratégias nas plataformas digitais.

Mesmo não estando no comandado de Brasília, o bolsonarismo continua robusto nas redes sociais, dando de lavada na esquerda.

As fake news criadas pela extrema-direita não são rebatidas com destreza pelo petismo, que vai acumulando uma pilha de pechas que atentam contra a imagem da agremiação.

O petismo precisa distender a polarização e procurar apoio em segmentos importantes que formam a base política do bolsonarismo, como os evangélicos e a miríade de trabalhadores informais e uberizados. Para tanto, precisará fazer concessões a esses grupos que vão de encontro a mentalidade político-ideológico que domina a legenda.

O Partido dos Trabalhadores (PT) e seus aliados de centro perigam perderem importantes colégios eleitorais nas eleições municipais de outubro. Está faltando tino na compreensão do Brasil real e da mudança de comportamento social gerada pelo deslocamento da política para o mundo digital.




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