Paulinho Freire lidera ranking de salários entre prefeitos de capitais após retorno de jetons

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Ícone de crédito Foto: Agência Brasil

O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União), recebeu em maio o maior salário entre os chefes do Executivo das capitais brasileiras, totalizando R$ 41,6 mil brutos. O valor elevado se deve à reintrodução do jeton indenizatório, uma gratificação por participação em reuniões que havia sido suspensa no início de sua gestão.

Os dados, divulgados inicialmente pelo O Potiguar e confirmados pelo O Potengi com base no Portal da Transparência, mostram que Freire recebeu R$ 26 mil referentes ao salário-base e mais R$ 15,6 mil em jetons. A bonificação também foi estendida a secretários e adjuntos, que tiveram um acréscimo de 60% em seus vencimentos.

A medida contrasta com o discurso de austeridade adotado por Paulinho Freire ao assumir o cargo, em janeiro, quando anunciou cortes temporários em diárias e jetons para secretários. A suspensão chegou a ser publicada no Diário Oficial do Município (DOM), mas, desde então, cinco novas portarias mencionaram a gratificação sem revogá-la definitivamente.

Entre os beneficiados estão a secretária de Trabalho e Assistência Social, Nina Souza — esposa do prefeito —, o irmão dele, Sérgio Freire, titular da Secretaria de Governo, e a secretária de Mobilidade Urbana, Jodia Melo, que receberam R$ 9.360 em jetons, elevando seus salários brutos para R$ 24.960.

Salário supera até governadora e se aproxima do presidente

Com a retomada dos jetons, Paulinho Freire ultrapassou o rendimento da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, que recebe R$ 21.914,76, e se aproximou do vencimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fixado em R$ 46.366,19 desde fevereiro. O valor, no entanto, é inferior ao que o prefeito ganhava como deputado federal: R$ 44.008,52 em 2024.

Em comparação com outras capitais, o salário de Freire supera o do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (R$ 38 mil), o de João Pessoa, Cícero Lucena (R$ 34 mil), e o do Recife, João Campos (R$ 25 mil).

Procurada pela Agência SAIBA MAIS, a Prefeitura de Natal não se pronunciou sobre o motivo da reintrodução dos jetons, contrariando a promessa inicial de cortes.

Histórico polêmico dos jetons em Natal

Os jetons são remunerações pagas a servidores por participação em reuniões externas às suas atribuições regulares. Em 2021, durante a gestão de Álvaro Dias (Republicanos), a gratificação foi alvo de críticas após um aumento de 60% no salário do então prefeito, elevando seu rendimento para R$ 32 mil. Secretários chegaram a dobrar seus vencimentos com a bonificação.

Em 2023, a Câmara Municipal aprovou projeto que instituiu o pagamento de jetons para membros de comissões culturais, fixando o valor em R$ 40 por sessão. A mudança ocorreu após a redução de incentivos fiscais para o setor, gerando protestos de artistas locais.

A volta dos benefícios na gestão Freire reacende o debate sobre gastos públicos em meio a medidas anunciadas como de contenção de despesas. A ausência de explicações oficiais deixa em aberto se a suspensão inicial foi apenas temporária ou uma estratégia revogada sem alarde.



Paulinho Freire lidera ranking de salários entre prefeitos de capitais após retorno de jetons

Ícone de crédito Foto: Agência Brasil

O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União), recebeu em maio o maior salário entre os chefes do Executivo das capitais brasileiras, totalizando R$ 41,6 mil brutos. O valor elevado se deve à reintrodução do jeton indenizatório, uma gratificação por participação em reuniões que havia sido suspensa no início de sua gestão.

Os dados, divulgados inicialmente pelo O Potiguar e confirmados pelo O Potengi com base no Portal da Transparência, mostram que Freire recebeu R$ 26 mil referentes ao salário-base e mais R$ 15,6 mil em jetons. A bonificação também foi estendida a secretários e adjuntos, que tiveram um acréscimo de 60% em seus vencimentos.

A medida contrasta com o discurso de austeridade adotado por Paulinho Freire ao assumir o cargo, em janeiro, quando anunciou cortes temporários em diárias e jetons para secretários. A suspensão chegou a ser publicada no Diário Oficial do Município (DOM), mas, desde então, cinco novas portarias mencionaram a gratificação sem revogá-la definitivamente.

Entre os beneficiados estão a secretária de Trabalho e Assistência Social, Nina Souza — esposa do prefeito —, o irmão dele, Sérgio Freire, titular da Secretaria de Governo, e a secretária de Mobilidade Urbana, Jodia Melo, que receberam R$ 9.360 em jetons, elevando seus salários brutos para R$ 24.960.

Salário supera até governadora e se aproxima do presidente

Com a retomada dos jetons, Paulinho Freire ultrapassou o rendimento da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, que recebe R$ 21.914,76, e se aproximou do vencimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fixado em R$ 46.366,19 desde fevereiro. O valor, no entanto, é inferior ao que o prefeito ganhava como deputado federal: R$ 44.008,52 em 2024.

Em comparação com outras capitais, o salário de Freire supera o do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (R$ 38 mil), o de João Pessoa, Cícero Lucena (R$ 34 mil), e o do Recife, João Campos (R$ 25 mil).

Procurada pela Agência SAIBA MAIS, a Prefeitura de Natal não se pronunciou sobre o motivo da reintrodução dos jetons, contrariando a promessa inicial de cortes.

Histórico polêmico dos jetons em Natal

Os jetons são remunerações pagas a servidores por participação em reuniões externas às suas atribuições regulares. Em 2021, durante a gestão de Álvaro Dias (Republicanos), a gratificação foi alvo de críticas após um aumento de 60% no salário do então prefeito, elevando seu rendimento para R$ 32 mil. Secretários chegaram a dobrar seus vencimentos com a bonificação.

Em 2023, a Câmara Municipal aprovou projeto que instituiu o pagamento de jetons para membros de comissões culturais, fixando o valor em R$ 40 por sessão. A mudança ocorreu após a redução de incentivos fiscais para o setor, gerando protestos de artistas locais.

A volta dos benefícios na gestão Freire reacende o debate sobre gastos públicos em meio a medidas anunciadas como de contenção de despesas. A ausência de explicações oficiais deixa em aberto se a suspensão inicial foi apenas temporária ou uma estratégia revogada sem alarde.

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