Moradores da Vila de Ponta Negra em Natal enfrentam a interrupção dos serviços de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde na Unidade Básica de Saúde local desde julho. Atividades como acupuntura e ventosaterapia, essenciais para pacientes com condições crônicas, foram suspensas sem previsão de retorno, diferentemente do que ocorre em outras unidades da capital.
A professora aposentada Dalvinha Lima, que enfrentou dois casos de câncer de mama e depende exclusivamente do SUS, relata que a direção da UBS afirmou existirem profissionais qualificados no posto para realizar os atendimentos, porém os serviços não estão sendo prestados. “Já fizemos de tudo, mandei um abaixo-assinado, telefonei, mandei email, mas nunca tivemos uma resposta”, desabafa a aposentada, destacando que mais de quarenta pacientes estão sendo prejudicados.
Outras usuárias, como Maria da Conceição dos Santos Gomes e Danielle Muniz, reforçam a falta de transparência na comunicação sobre o motivo da paralisação. Danielle, que trata Transtorno de Ansiedade Generalizada com acupuntura, relata ainda perceber conflitos internos na unidade: “Há uma divisão entre os funcionários simpatizantes da antiga gestão que rivalizam com a atual”.
A Secretaria Municipal de Saúde informa que a rede pública municipal conta com 36 unidades oferecendo práticas integrativas, incluindo o Centro de Referência em Práticas Integrativas e Complementares. De janeiro a agosto deste ano, foram registrados mais de 24 mil atendimentos na capital. Os pacientes podem buscar encaminhamento através das unidades de saúde de seu território para acesso aos serviços disponíveis na rede.
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