A quatro meses da tradicional festa de Nossa Senhora da Apresentação, padroeira de Natal, a principal área das celebrações segue em compasso de espera. As obras de requalificação da Pedra do Rosário, onde acontece a missa que abre os festejos do dia 21 de novembro, estão paralisadas. A Prefeitura alega que o atraso se deve à ausência de repasses federais. Enquanto isso, a imagem da santa, retirada do local para permitir os serviços, ainda não retornou.
Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), 51,7% da obra foi concluída. A intervenção, orçada em mais de R$ 30 milhões e dividida em quatro etapas, visa transformar o local em uma Estação Turística e Religiosa. A última fase, a Meta 4, envolve a construção do novo espaço e está orçada em aproximadamente R$ 15 milhões. Contudo, o projeto estrutural ainda está em revisão e depende de novos recursos da União para ser executado.
O convênio foi firmado entre a Prefeitura do Natal e o Governo Federal. O consórcio formado pelas empresas Certa e TCPAV é responsável pela obra, cuja ordem de serviço foi assinada em novembro de 2023 pelo então prefeito Álvaro Dias (Republicanos).
As três primeiras metas já entregaram a requalificação de importantes áreas do entorno: Rua Ulisses Caldas, Largo Junqueira Aires e Praça Augusto Severo; além da Avenida do Contorno e das praças Djalma Maranhão e Walfredo Gurgel; e a Avenida Tavares de Lira, incluindo ruas adjacentes e parte da Duque de Caxias. Resta agora a etapa mais simbólica e esperada: a revitalização da Pedra do Rosário.
Patrimônio religioso e turístico de Natal, o espaço fica às margens do rio Potengi e é conhecido pela vista privilegiada do pôr do sol. “A Pedra do Rosário é um patrimônio turístico, religioso e paisagístico da cidade, e as intervenções vão proporcionar um espaço mais adequado para os fiéis e turistas contemplarem o rio Potengi e o pôr do sol”, afirmou à época do lançamento o então secretário de Infraestrutura, Carlson Gomes.
Com a proximidade das festividades da padroeira, cresce a preocupação de devotos e da própria gestão municipal. A Prefeitura acredita que, com a conclusão das obras, o fluxo de visitantes deve aumentar, impulsionando o turismo religioso na capital potiguar. No entanto, até o momento, não há previsão de retomada dos serviços.
O Ministério das Cidades, atual responsável pelo convênio, ainda não se manifestou sobre o assunto.
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